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domingo, 2 de setembro de 2012

MADAME BOVARY - GUSTAVE FLAUBERT

ESCRITOR FRANCÊS

Gustave Flaubert (1821-1880) foi escritor francês. Escreveu o romance "Madame Bovary" que o levou aos tribunais. Foi acusado de ofensa a moral e a religião. Foi absolvido pela Sexta Corte Correcional do Tribunal do Sena e condenado pelos puritanos, pelo tema adultério, pela crítica ao clero e à burguesia. É um dos representantes mais importantes do realismo francês.
Gustave Flaubert (1821-1880) nasceu em Roão, Normandia, França. no dia 21 de dezembro de 1821. Filho do médico cirurgião Achille-Cléophas Flaubert e Justine Caroline Fleuriot. Em 1832, entra para o Colégio Real. Distraído e desinteressado não gostava de estudar, preferia devorar romances. Redige o semanário escolar "Arte e Progresso". Aos 15 anos é atraído pelas peças de Shakespeare, Dumas e Vitor Hugo.
Adolescente se apaixona por Elisa Schlesinger, mulher casada e onze anos mais velha que ele. Entre 1837 e 1845 escreve o drama "Luís XI" e as novelas "Fantasia de Inferno", "Paixão e Virtude". O amor impossível inspirou-lhe os livros "Memórias de um Louco", "Novembro" e "Educação Sentimental".
Gustave Flaubert estuda Direito em Paris, para satisfazer a vontade do pai. Em 1844, após o fracasso nos exames, sofre o primeiro de seus ataques epiléticos. Abandona o curso e vai morar com a família na nova propriedade em Croisset, à margem do Sena, próximo de Ruão. Em 1846, morre seu pai e sua irmã Caroline. Conhece Louise Collet, separada do marido e mãe de uma jovem de 16 anos. Vivem uma aventura amorosa.
Em 1848, rompe o romance com Louise. Nesse mesmo ano morre seu amigo de infância Alfred Le Poittevin. Sua saúde se abala. A conselho médico vai para o Oriente, onde pretendia ficar dois ou três anos. Mas, no fim de alguns meses decide voltar para Croissent.
Em 1851, após longo período sem produzir, inicia "Madame Bovary", a mais famosa de suas obras, foram cinco anos de trabalho incessante. Escrevia e reescrevia a mesma página dezenas de vezes. Em 1856, o romance começa a ser publicado na Revue de Paris, com alguns cortes, em vista da austeridade dos costumes da época.
O livro conta a história de Emma Bovary, que se entrega a sucessivos casos de adultério para fugir da vida medíocre que julga levar ao lado do marido, um médico de província. O romance, que termina com o suicídio de Bovary, causa escândalo na França. Flaubert é acusado de imoralidade e processado.
Em janeiro de 1857, senta-se no banco dos réus ao lado de Laurente Pichat, o editor da revista. Oito dias depois o autor é absolvido e o livro, publicado em edição completa se esgota rapidamente. Gustave Flaubert morre no dia 8 de maio de 1880.

Fonte: http://www.e-biografias.net/gustave_flaubert Acesso em 02 de setembro de 2012.

MADAME BOVARY - GUSTAVE FLAUBERT
Publicado em 1857, Madame Bovary narra a estória da anti-heróica personagem Emma Bovary. O livro veio quebrar com os vigentes parâmetros do Romantismo e inaugurar o Realismo. O livro foi classificado na época como subversivo e rendeu vários processos contra Flaubert, mas em todo o autor se saiu vencedor.
Desde o início do livro a descaracterização da idealizada mulher Romântica é evidente. Emma Bovary é uma mulher insaciável, inteligente e bela, mas é obrigada a casar com um apático e passivo médico de uma pequena cidade do interior da França. Ela vive em um constante estado de opressão, onde as sonhadas diversões urbanas que ela imaginava nunca são concretizadas. Sua vida vai ficando cada vez mais monótona e ela começa a se arriscar em aventuras muito mais sérias.
Emma começa a se relacionar com outro homem e rapidamente se torna sua amante. Depois desse “amor” não dar certo, ela se entrega a outro, muito mais jovem que ela, e por isso ele nunca tem coragem de assumir esse romance e os dois acabam se separando. Diante destas desilusões amorosas, de dívidas que fizera e com a alma despeitada, Emma Bovary se mata e deixa claro que prefere morrer a enfrentar os eventuais problemas da vida.
Gustave Flaubert formulou uma crítica social muito contundente. Com seu estilo impessoal, ele soube fazer do adultério de Emma algo sórdido e ao mesmo tempo belo. Madame Bovary, vem meio que sem querer, traduzir o início da emancipação feminina e como essa liberdade, se usada sem idoneidade, pode se transformar em desastre.
O romance deixou os ânimos dos leitores europeus exasperados com suas doses de sexo, melancolia, ironia e emoção. Flaubert deixou claro que o livro é a retratação fiel da errônea sociedade burguesa com seus hábitos pouco louváveis e sua ostentação moral falsa.
Madame Bovary é um marco na literatura, um livro que veio ser a vanguarda do Realismo e mudou completamente a forma de escrever da época. A narrativa é suave e admirável, rica em detalhes e objetividade, o que faz da obra uma preciosidade que obtém o merecido rótulo de ser uma das melhores do século XIX.
Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/1003585 Acesso em 02 de setembro de 2012.

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