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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

OXÍMORO

Por Davy Sales

De mim não resta senão o parco agrado
Por ora sujo meu nome e agradeço em surdez indolor
Na quarta-feira rego minhas plantas
Dia de sábado construo orgias
É nesse nome que rogo doce união para ver a luz da carne oculta
Para galgar no teu asno e sustentar hipocrisia lírica
Afago de tonéis robustos como esquentar tambores d’alma
Tua lembrança reta
Minha cadela a latir e rosnar.

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