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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

AS VANGUARDAS EUROPEIAS


A palavra vanguarda é de origem francesa e foi inicialmente utilizada para designar o destacamento que atua à frente de uma tropa, aquele que se adianta aos soldados para fazer o reconhecimento do terreno e informar os oficiais sobre as condições de avanço.
Artisticamente, o termo passou a designar os movimentos artísticos que propõem atitudes inovadoras.
Em Literatura, Vanguardas Europeias designam o conjunto de movimentos artísticos surgidos na Europa nas duas primeiras décadas do século XX.
Do início do século até a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Europa viveu a “Belle Époque”, um período de euforia pelo progresso, pela velocidade, pelas vantagens da industrialização – cinema, automóveis, máquinas voadoras.
Nas ciências, também houve um grande progresso. Em 1900, Sigmund Freud publicou A interpretação dos sonhos, obra que inaugurou a Psicanálise.
Henry Bergson, filósofo francês, destacava em seus estudos o poder da intuição. Friederich Nietzche causava escândalo escrevendo sobre a “morte” de Deus soberano e absoluto.
As bibliotecas, museus, academias - templos da tradição cultural – passaram a ser alvo constante dos artistas de vanguarda.
Entre as estéticas de vanguarda que provocaram uma grande revolução nas artes literárias estão o Futurismo, o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.
Além dos movimentos que influenciaram a literatura, o início do século XX foi arrebatado por inovações também nas artes plásticas e visuais.
Em oposição ao Impressionismo, o Expressionismo surge no final do século XIX com características que ressaltam a subjetividade.
Neste movimento, a intenção do artista é de recriar o mundo e não apenas a de absorvê-lo da mesma forma que é visto. Aqui ele se opõe à objetividade da imagem, destacando, em contrapartida, o subjetivismo da expressão.
Seu marco ocorreu na Alemanha, onde atingiu vários pintores num momento em que o país atravessava um período de guerra. As obras de arte expressionistas mostram o estado psicológico e as denúncias sociais de uma sociedade que se considerava doente e na carência de um mundo melhor. Pode-se dizer que o Expressionismo foi mais que uma forma de expressão, ele foi uma atitude em prol dos valores humanos num momento em que politicamente isto era o que menos interessava.
O principal precursor deste movimento foi o pintor holandês Vincent Van Gogh, que, com seu estilo único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do expressionismo. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc.
Há ainda muitos outros pintores, entre eles, Pablo Picasso, que também foram influenciados por esta manifestação artística.

Referências bibliográficas:

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 33.ed. São Paulo: Cultrix, 1999.
TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. 17.ed. Petrópolis: Vozes, 1997.


Material produzido por Andréa Motta - Blog Conversa de Português – março de 2010

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