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sexta-feira, 13 de maio de 2011

COMO A PEDRA DO POETA

Um poeta disse um dia:
“ No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho ”
Da pedra dele eu não sei
A minha é o desemprego
Passa fome, passa frio pela falta de dinheiro
Esse papel colorido
que todos corram atrás
enrolando ou sendo honesto
por ele tudo se faz
queria esta empregado
fazendo o que sei fazer
junto todo o que é tijolo
faço uma casa nascer,
pinto portas e janelas,
paredes, muros, fechadas,
se a vida tá certa ou errada
amigo, eu não sei dizer
só preciso de uma chance
de trabalho com um salário
pra mostrar pro meu Brasil
de que é capaz um operário.
Não precisa estar assim
sendo mais um país
a prender a porta certa
ou me sentir tão ruim
como a pedra do poeta.

Eu pensei que o meu voto
modificasse o Brasil.
tudo que eu ouvi no palanque
palavras com promessas mil:
o bem estar do cidadão
como uma propriedade,
trabalho e casa pra a cidade...

Qual engenho foi o um!
logo depois da eleição
nada disso apareceu
tudo foi pra contramão.

Continuo sem emprego
morando com a minha sogra
imagine a confusão,
meus filhos não tem escola
não me acho um cidadão.

Pois não tenho identidade
dever tem mais de monte
direito nem pensar
que vou sair dessa fome.

Porém eu nunca me emprego
o que votei foi passado
na próxima eleição
vou estudar passo a passo
os candidatos que houver
não cometo o mesmo pecado.
Marta Eugênia

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