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sexta-feira, 13 de maio de 2011

ALGURES

Quando atentei que necessitavam
do que eu sabia, tremi.
“não conte a ninguém”, dizia-me o terreiro de minha infância
que fora o maior lugar que conhecera
até meus sete anos. E o mais bonito.
As falsas profecias nunca se defenderam
e perdi a noção de meu rosto,
cai numa lua mim guante, num sol de inverno.
E vi palavras por anos e anos tecer
a mentira pelo dia e desmanchar a verdade
pela noite adentro.
Mas em lugar do guerreiro, a miopia das coisas
disfarçada de farrapos apareceu.
Serie uma felicidade em vísceras?

Marta Eugênia

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