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domingo, 24 de abril de 2011

O VÔO DO CISNE




RESENHA CRÍTICA 
(Modelo)

MEGIDO, José Luiz Tejon. O vôo do cisne: A revolução dos diferentes. 6 ed. São Paulo: Gente, 2002.
José Luiz Tejon Megido é jornalista e publicitário especializado em marketing pela Pace University de Nova Iorque. Professor da ESPM há 18 anos, é mestre pela Universidade Mackenzie em Educação, Artes e História da Cultura, e especializado em liderança na Insead Fontainebleau, na França. Atualmente é diretor geral da Oesp Mídia, empresa do grupo O Estado de S. Paulo.
Como se tornar especial no mundo de iguais? A todo o momento lutamos ao máximo para nos enquadrar ao esteriótipo das pessoas normais. Diariamente somos levados a agir, e agimos!
Como patinhos feios, procurando se encaixar aos padrões impostos pela sociedade como seres normais, limitados, apesar de o mundo nos exigir criatividade e originalidade. Exigir que sejamos cisnes, isto é, fugir dessa massificação de regras e comportamentos e sermos nós mesmos é a chave para potencializar nossas qualidades. A grande maioria de nós, porém, é educada como patinho feio. Este é um livro que nos leva a creditar que temos de descobrir o cisne que existe dentro de nós e que isso significa abandonar a vida de patinho feio. Romper com a normalidade de ser apenas mais um. Enxergar a nossa própria luz.
A obra revela o aprendizado e as oportunidades que a vida sempre nos dá, mesmo sob os mais difíceis obstáculos. Nela, Tejon apresenta os 10 passos para a criação de um novo ser dentro de cada um. O autor defende também que o lado "espetacular dos resultados não nasce quando eles surgem. São criados na hora em que tomamos as decisões”.
Tejon inicia sua obra falando do trágico acidente que teve aos três anos idade, onde foi atingido por um incêndio em sua casa que transformaria sua face, nesse momento foi obrigado a fazer varias cirurgias plásticas para recomposição de seu rosto, quando ele percebeu que apartir daí surgiria o patinho feio em sua vida e que as humildes lições que aprenderia o transformaria em cisne.
Ao longo de sua obra, autor conta como foi difícil ser diferentes entre as pessoas que se achavam “normais” e foi nesse momento ele percebeu a importância de sermos diferentes e não mais um entre os normais e aceitar a nossa excepcionalidade, ou seja, sermos naturais.
Lembra que todos nós somos diferentes, por mais quer o homem faça clonagem de si mesmo, jamais seremos iguais, poderemos ser iguais na matéria, mas nunca na mente e na alma.
Tejon chama atenção para os pais que tentam a todo instante transformar seus filhos em sua própria imagem, fazendo que essas crianças criem um patinho feio dentro de sim e esqueça de liberar seu verdadeiro cisne. Que a transformação do patinho feio em cisne significa a descoberta de si mesmo e admiração das diferenças e que isso só é possível com a superação dos nossos limites e a capacidade de nos autocriticar, isso ajudaria a tratar a critica externa com mais equilíbrio.
Na frase “(...) O seu inimigo só é seu inimigo se você não encontra respostas superiores ao desafio lançado. O maior erro é brigar contra o adversário em vez de aproveitar a existência dele para aprender e crescer mais”. o autor nos mostra que até mesmo do nosso inimigo devemos tirar aproveito para superar desafios e que não temos que ficar brigando, discutindo ou trocando farpas com o nosso inimigo, mas mostrar com nossas atitudes que somos superiores a eles. Mostra que apesar das dificuldades sempre teremos um outro cisne para nos estender a mão e que não estamos sós no mundo dos “normais”.
Mostra que para darmos algo a alguém, devemos dar a nos mesmo, isso faz com que as pessoas tenham uma visão diferente da gente e comecem a nos respeitar pelo que somos e não pelo que temos. Nos dez caminhos para o vôo do cisne, Tejon cita cinco passos para o caminho de sermos nós mesmos, onde ele diz que devemos libertar sempre a criança dentro de nós, a arte, afugentar os preconceitos, dizer não a resignação, e a auto-sedução. Destaca ainda que, devemos aumentar a auto-estima das pessoas do nosso grupo (família, amigos, colegas de trabalho e de convívio social, entre outros), respeitando-as, acreditando nos seus talentos e não trata-las como patinho feio e sim como cisnes é fundamental para o êxito do trabalho em grupo.
O autor cita na obra o dialogo que teve com Edson Arantes do Nascimento (Pelé), o maior jogador de futebol do mundo. Pelé fala como se transformou em um dos maiores cisnes da história e destaca que se queremos crescer, devemos trabalhar em grupo, ninguém cresce sozinho. Devemos ser sempre atuantes, não se omitir, chamar o jogo para si e fazer das derrotas um constante aprendizado.
No fecho de sua obra, Tejon fala que para “Ser você mesmo é liberar sensibilidade. É perceber e reter a sensibilidade do outro. É ter na sensibilidade pelo meio ambiente, pela sociedade, pelas causas, pela História da vida humana o respeito e a dignidade merecidos”. ou seja, devemos fazer as coisas que nos faz bem, não ter medo de errar, conciliar a forma do conteúdo, ter confiança. Mas a principal fórmula para tornarmos cisnes é a Crítica.
Esta obra é bem pensada e traz muitas reflexões sobre o tema principal. Trata-se de um livro agradável, onde temos uma pessoa que tirou ensinamentos de uma época difícil de sua vida e o colocou em prática em prol de seu crescimento pessoal.O final de cada capítulo me despertava o interesse pelo próximo capítulo.
Contudo, sabe-se que o livro vai muito além disso, e que deveria ser lido e discutido por todos os profissionais e estudantes de todas as áreas, pois é uma verdadeira lição de vida, e nos prepara para enfrentar as dificuldades da nossa futura profissão, principalmente a nossa de secretários executivos que a todo instante estamos envolvidos com seres diferentes.
É um livro tocante e inspirador, e por ser de auto ajuda é indicado para o público em geral, mas especialmente a todos aqueles que precisam romper os limites do ser normal e não desperdiçar a vida com coisas pequenas mas precisa, pensar e sonhar grande.

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