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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O ANEL DE PEDRA VERDE OU A SALVAÇÃO

É possível acontecesse.
E este poema bem cabe em existências
que inventei:
uma pequena senhora se perdeu
do antigo expresso
Um homem de deus foi de perder a cabeça
e uma cigana perdeu nas mãos
o juízo de uma vez

eu devia mesmo era perder
o tonto medo de escuro
assim, como se perde um recado na mente
que, desconecto, não tem mais onde voltar
Mas não como se perde um documento
o qual requer segunda via

Um livro de poemas não deve nunca ficar
em algum lugar esquecido
para tirar de letra.
Pois que um livro assim fechado
enfrenta lá seus escuros...

Qual é mesmo a via que me desvia
de uma verdade em botão?

Desconheço o alinhavo como quem prendeu um dedo
numa agulha da infância,
de onde vem tal maldição.
Não era uma vez um medo e uma escuridão.
Eram várias as vezes
Mas também era outra vez... Um plano quieto,
um laço de fita na ponta dos pés
de uma boneca que pensava ser de pano...
E um poema que acendeu a luz quarto.

Marta Eugênia

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