A palavra vanguarda é
de origem francesa e foi inicialmente utilizada para designar o destacamento
que atua à frente de uma tropa, aquele que se adianta aos soldados para fazer o
reconhecimento do terreno e informar os oficiais sobre as condições de avanço.
Artisticamente, o termo
passou a designar os movimentos artísticos que propõem atitudes inovadoras.
Em Literatura, Vanguardas
Europeias designam o conjunto de movimentos artísticos surgidos na
Europa nas duas primeiras décadas do século XX.
Do início do século até a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Europa viveu a “Belle Époque”, um
período de euforia pelo progresso, pela velocidade, pelas vantagens da industrialização
– cinema, automóveis, máquinas voadoras.
Nas ciências, também
houve um grande progresso. Em 1900, Sigmund Freud publicou A interpretação
dos sonhos, obra que inaugurou a Psicanálise.
Henry Bergson, filósofo
francês, destacava em seus estudos o poder da intuição. Friederich Nietzche
causava escândalo escrevendo sobre a “morte” de Deus soberano e absoluto.
As bibliotecas, museus, academias
- templos da tradição cultural – passaram a ser alvo constante dos artistas de vanguarda.
Entre as estéticas de
vanguarda que provocaram uma grande revolução nas artes literárias estão o Futurismo,
o Cubismo, o Dadaísmo e o Surrealismo.
Além dos movimentos que influenciaram
a literatura, o início do século XX foi arrebatado por inovações também nas
artes plásticas e visuais.
Em oposição ao Impressionismo,
o Expressionismo surge no final do século XIX com características que
ressaltam a subjetividade.
Neste movimento, a
intenção do artista é de recriar o mundo e não apenas a de absorvê-lo da mesma forma
que é visto. Aqui ele se opõe à objetividade da imagem, destacando, em
contrapartida, o subjetivismo da expressão.
Seu marco ocorreu na
Alemanha, onde atingiu vários pintores num momento em que o país atravessava um
período de guerra. As obras de arte expressionistas mostram o estado psicológico
e as denúncias sociais de uma sociedade que se considerava doente e na carência
de um mundo melhor. Pode-se dizer que o Expressionismo foi mais que uma
forma de expressão, ele foi uma atitude em prol dos valores humanos num momento
em que politicamente isto era o que menos interessava.
O principal precursor
deste movimento foi o pintor holandês Vincent Van Gogh, que, com seu estilo
único, já manifestava, através de sua arte, os primeiros sinais do
expressionismo. Ele serviu como fonte de inspiração para os pintores: Érico
Heckel, Francisco Marc, Paulo Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc.
Há ainda muitos outros
pintores, entre eles, Pablo Picasso, que também foram influenciados por esta
manifestação artística.
Referências
bibliográficas:
BOSI,
Alfredo. História concisa da literatura
brasileira. 33.ed. São Paulo: Cultrix,
1999.
TELES,
Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e
modernismo brasileiro. 17.ed.
Petrópolis: Vozes, 1997.
Material
produzido por Andréa Motta - Blog Conversa de Português – março de 2010
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