Por Larissa Alberti | Redação UnyLeya
O tema sustentabilidade tem ganhado cada vez mais espaço no mundo corporativo e deve afetar a carreira de todo e qualquer profissional nos próximos anos. As corporações hoje buscam profissionais para desenvolver práticas sustentáveis em todas as áreas da empresa. Quem deseja trabalhar com o tema deve possuir experiência técnica em assuntos relacionados à responsabilidade social e responsabilidade ambiental.
Segundo o coordenador do curso de Pós-Graduação a Distância em Meio Ambiente e Sustentabilidade, Róbison Gonçalves de Castro, o tema sustentabilidade é de crescente interesse, em função de problemas mundiais que ocorrem e repercutem em todos os mercados e empresas. Para que uma organização transpareça a sustentabilidade de seu negócio, ele acredita ser necessário que esta adote determinadas práticas e conceitos. É preciso, também, que a empresa conheça bem o assunto e esteja disposta a romper determinados paradigmas para alcançar um modelo inovador e responsável de gestão sustentável. “A ideia é que este modelo seja harmônico às ferramentas e considerações do chamado triple bottom line – resultados de uma empresa, medidos em termos sociais, ambientais e econômicos”, explica.
Porém, o coordenador destaca que implantar um modelo sustentável nem sempre é tão simples como parece. “Para uma empresa mudar sua estratégia de negócio é preciso realizar determinadas adaptações e alinhar sua missão, visão e valores ao conceito do desenvolvimento sustentável”, afirma. Para viabilizar uma nova estratégia de negócio aliada ao conceito sustentável, é necessário que as empresas tenham profissionais capazes de criar e disseminar modelos inovadores, adeptos a uma visão estratégica e integrada do negócio. “O profissional deve possuir habilidade de antecipar cenários, projetar o negócio no futuro e conciliar aspectos econômico-financeiros com sociais, ambientais e culturais”, destaca. Além disso, Castro acredita ser fundamental que o profissional saiba trabalhar com a diversidade e em equipes multidisciplinares, que tenha boa comunicação e relacionamento interpessoal, domine os indicadores de sustentabilidade (GRI, Ethos, ISE, DJSI) e conheça os parâmetros para o benchmarking - processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresariais entre os mais fortes concorrentes.
Segundo ele, não há uma área de formação ideal para atuar na área. Ele aconselha os futuros profissionais a procurarem por uma instituição que ofereça cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação e que atenda às necessidades de capacitação e atualização, ou seja, que promova constantes debates sobre a importância do assunto na nova lógica empresarial. “Discutir o tema é indispensável para fortalecer as ações de conscientização e embasamento técnico, necessários para o crescimento responsável do profissional”, ressalta. Entre as atividades de responsabilidade deste profissional, destaca-se a de conceber e executar projetos que diminuam o dono causado pela ação humana no meio ambiente.
Pesquisa inédita encomendada pela recém-constituída Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps) apontou que o conceito que preza o cuidado com o ambiente e a sociedade tem sido incorporado nas políticas empresariais do país, que passaram a destacar profissionais exclusivos para o tema e, em alguns casos, até diretorias. Segundo especialistas da BBC Brasil, a carreira de engenheiro ambiental e sanitário é a terceira profissão mais promissora para os próximos anos, com uma média salarial de R$ 8 a R$ 12 mil.
Como não há área de formação exata para atuar na área, a qualificação profissional torna-se imprescindível para os profissionais que desejam trabalhar com o tema.
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