JESUS CRISTO
Nascido em Belém, cidade da Judéia meridional, nos últimos anos do reinado de Herodes o Grande, quando Roma dominava a Palestina e Augusto era o imperador Romano.
No sexto mês da gestação de Isabel, o mesmo anjo Gabriel aparece a Maria na cidade de Nazaré, a qual era virgem e noiva de José, e anuncia que ela viria a conceber do Espírito Santo e que daria ao seu filho o nome de Jesus. Mateus traz a informação de que José, ao saber que sua noiva estava grávida, não teria compreendido inicialmente que Maria recebera a missão de conceber o Messias e se afastou dela. Mas em sonho, um anjo o revelou a vontade de Deus, e aceitando-a, recebeu Maria como esposa.
Segundo Mateus, o imperador Otávio Augusto teria promovido um recenseamento de todos os habitantes do Império, tendo estes que se alistar em suas respectivas cidades. José, por ser da cidade de Belém, teria levado Maria até esta cidade. Chegando ao local de destino, por não terem encontrado hospedagem, Jesus nasce em uma manjedoura. Segundo Lucas, os pastores da região, avisados por um anjo, vieram até o local do nascimento de Jesus.
Completados os oito dias que determinava a tradição judaica, Jesus foi apresentado ao templo por sua família para ser circuncidado, quando foi abençoado por Simeão e Ana.
Segundo o relato do evangelista Mateus, Jesus teria recebido a visita dos magos do oriente, os quais, segundo a tradição natalina, seriam três reis da Pérsia. Os magos teriam chegado a Jerusalém seguindo a trajetória de uma estrela que anunciaria a vinda do Messias ao mundo. E, ao encontrarem Jesus numa casa com Maria, adoraram-lhe e ofertaram ouro, incenso e mirra representando, respectivamente, a sua realeza, a sua divindade e a sua imortalidade. Por causa desta visita Herodes teria se decidido a matar aquele que lhe iria tomar o trono. Tal notícia teria chegado a José, que então foge com Maria e o menino para o Egito. Jesus e sua família teriam permanecido no Egito até a morte de Herodes, quando então José, após ser avisado por um anjo em seus sonhos, retorna para a cidade de Nazaré.
Fonte: Biblia
... QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!
Maria Madalena (Adúltera)
João 8:1 Jesus, entretanto, foi para o monte das Oliveiras.
João 8:2 De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava.
João 8:3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
João 8:4 disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
João 8:5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
João 8:6 Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
João 8:2 De madrugada, voltou novamente para o templo, e todo o povo ia ter com ele; e, assentado, os ensinava.
João 8:3 Os escribas e fariseus trouxeram à sua presença uma mulher surpreendida em adultério e, fazendo-a ficar de pé no meio de todos,
João 8:4 disseram a Jesus: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério.
João 8:5 E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois, que dizes?
João 8:6 Isto diziam eles tentando-o, para terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia na terra com o dedo.
João 8:7 Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.
João 8:8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
João 8:9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
João 8:10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
João 8:11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.
João 8:8 E, tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
João 8:9 Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.
João 8:10 Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
João 8:11 Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais.
A Prisão e o Julgamento:
Mais tarde, na mesma noite, segundo os sinóticos, Jesus teria ido para o jardim de Getsêmani, na encosta do monte das Oliveiras, em frente ao Templo, para orar. Três discípulos — Pedro, Tiago e João — faziam-lhe companhia.
Judas Iscariotes havia realmente traído Jesus, e o entregou aos sacerdotes e aos anciãos de Jerusalém, que pretendiam prendê-lo, por trinta moedas de prata. Acompanhado por um grupo de homens armados, Judas chegou ao jardim enquanto Jesus orava, para prendê-lo. Ao beijá-lo na face, revelou a identidade de Jesus e este foi preso. Por parte de seus seguidores houve um princípio de resistência, mas depois todos se dispersaram e fugiram
Os soldados levaram Jesus para a casa do Sumo Sacerdote. A lei judaica não permitia que o Sinédrio, a suprema corte judaica, se reunisse durante o Pessach e condenasse um homem à morte durante a noite. Jesus foi acusado primeiramente de ameaçar destruir o templo, mas as testemunhas entraram em desacordo. Depois, perguntaram a Jesus se ele era o Messias, o Filho de Deus e rei dos judeus. Jesus respondeu que era, e foi então acusado de blasfemar ao dizer-se Deus.
Após isso, os líderes judeus levaram Jesus à presença de Pôncio Pilatos, que então governava a província romana da Judéia. Acusavam-no de estar traindo Roma ao dizer-se rei dos judeus. Como Jesus era galileu, Pilatos enviou-o a Herodes Antipas — filho de Herodes, o Grande — que governava a Galiléia. Lucas conta que Herodes zombou de Jesus, vestindo-o com um manto real, e devolveu-o a Pilatos.
Era de praxe os governantes romanos libertarem um prisioneiro judeu por ocasião do Pessach. Pilatos expôs Jesus e um assassino condenado, de nome Barrabás, na escadaria do palácio, e pediu à multidão que escolhesse qual dos dois deveria ser posto em liberdade. A multidão voltou-se contra Jesus e escolheu Barrabás.
Pilatos condenou então Jesus a morrer na cruz. A crucificação era uma forma comum de execução romana, aplicada, em geral, aos criminosos de classes inferiores.
Jesus foi vestido com um manto vermelho, puseram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos e na mão uma vara de bambu. Os soldados romanos zombavam dele dizendo: "Salve o Rei dos Judeus".
A seguir, espancaram-no e cuspiram nele. Forçaram-no a carregar a própria cruz, até um lugar chamado gólgota. Ao vê-lo perder as forças, ordenaram a um homem, de nome Simão Cireneu, que tomasse da cruz e a carregasse durante parte do caminho.
Conduzido para fora da cidade, Jesus foi pregado na cruz pelos soldados romanos.
A Transfiguração de Jesus na Bíblia é uma passagem descrita nos Evangelhos sinópticos em que Jesus teria subido a um monte para orar com Pedro, Tiago e João. Ali, tendo mudado sua aparência a ponto de tornarem brancas as suas vestes, os discípulos tiveram a visão de que Jesus estivesse conversando com os profetas Moisés e Elias.
"Um formoso menino nasceu no país de Israel e Deus falou pela boca deste menino explicando a insignificância do corpo e a grandeza da alma.
O menino divino, a quem deram o nome de Isa, começou a falar, ainda criança, do Deus uno indivisível, exortando a grande massa extraviada a arrepender-se e a purificar-se das faltas que havia cometido.
SANGUE HUMANO NO TECIDO
Os responsáveis pelos estudos de sangue no Sudário são John Heller e Baima Bollone, que comprovaram a presença de hemoglobina, ferro, proteínas, porfirina, albumina e sangue tipo AB, fator RH positivo na trama do Linho. Esta comprovação anula a hipótese de que a imagem possa ter sido feita por um artista, pois nem mesmo o mais perfeccionista dos pintores plásticos seria capaz de utilizar pelo menos 5 litros de sangue humano e, à pinceladas, constituir a imagem que é vista no Sudário. Além disso, o linho possui diversas camadas, e o estudo do sangue existente nas fibras comprova ter sido este absorvido pelo contato, pois nem todas as camadas estão impregnadas. Isto seria impossível de conseguir se fosse uma fraude.
Conduzido para fora da cidade, Jesus foi pregado na cruz pelos soldados romanos.
TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS – RESSURREIÇÃO DE JESUS
A Transfiguração de Jesus na Bíblia é uma passagem descrita nos Evangelhos sinópticos em que Jesus teria subido a um monte para orar com Pedro, Tiago e João. Ali, tendo mudado sua aparência a ponto de tornarem brancas as suas vestes, os discípulos tiveram a visão de que Jesus estivesse conversando com os profetas Moisés e Elias.
De acordo com o relato contido no Evangelho segundo Mateus, capítulo 17, verso 2, consta que o rosto de Jesus resplandecia como o Sol, e a suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
Ressurreição em latim (resurrectione), grego (a·ná·sta·sis). Significa literalmente "levantar; erguer". Esta palavra é usada com freqüência nas Escrituras bíblicas, referindo à ressurreição dos mortos.
No seio do povo hebreu, a palavra correlata designava diversos fenômenos que eram confundidos na mentalidade da época. O seu significado literal é voltar à vida, assim o ato de devolver uma pessoa considerada morta era chamada ressurreição; Existe a conotação escatológica adotada pela igreja católica para esse termo que é a ressurreição dos mortos no dia do juízo final.
A Ressurreição de Jesus é ponto fundamental da fé cristã, a ponto que São Paulo pode dizer: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação; vazia também é a vossa fé... Se Cristo não ressuscitou, vazia é a vossa fé; ainda estais nos vossos pecados” (1Cor 15, 14.17).
A ressurreição de Jesus é um fato histórico inegável. O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos, e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2).
A ressurreição de Jesus é um fato histórico inegável. O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos, e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2).
Resumo Biográfico de Jesus Cristo:
Os textos que serviram de referência sobre a vida de Jesus são os quatro evangelhos do Novo testamento da Bíblia, livro sagrado do cristianismo, e que foram escritos em diferentes épocas por discípulos de Jesus: Mateus, Marcos, João e Lucas. A palavra evangelho se originou no grego antigo "euaggélion" e quer dizer boa nova, boa notícia.
No século 19, quando o pensamento científico impôs-se sobre o religioso, os evangelhos não foram mais aceitos como documentos históricos - e a biografia de Jesus, assim como sua existência, passou a ser questionada.
Mas, daí em diante, pesquisadores juntaram provas de que Yeshua Ben Yossef (Jesus filho de José, em aramaico, a língua cotidiana da época na região), nasceu em Belém ou em Nazaré, por volta do ano 6 a.C., no fim do reinado de Herodes Antipas. A diferença entre a data real de nascimento de Jesus e o ano 1 do calendário cristão se deve a um erro de cálculo.
José, o pai de Jesus, era carpinteiro, e Maria, a mãe, era uma jovem que havia sido prometida em casamento a José. Na religião cristã ou cristianismo, Jesus é considerado o filho de Deus, gerado de forma milagrosa, sem parentesco com José.
Maria teria recebido a visita do arcanjo Gabriel (o anjo da Anunciação, o mesmo que seria visto por Maomé 600 anos depois) e sabido que, por obra do Espírito Santo, seria a mãe do Filho (Jesus) de Deus (Pai) que viria ao mundo para salvar a humanidade. Essa seria a base do cristianismo que se formou a partir de então: a trilogia formada por Pai, Filho e Espírito Santo.
O Evangelho de Lucas traz a Anunciação como ocorrida em Nazaré, onde José e Maria viviam, e conta que o casal foi obrigado a viajar até Belém, onde Jesus nasceu, pelo censo "ordenado quando Quirino era governador da Síria".
A Bíblia não fala quase nada sobre a infância e a adolescência de Jesus, com exceção de uma passagem em que, aos 12 anos, numa visita ao Templo de Jerusalém durante a Páscoa judaica, seus pais o encontram discutindo teologia com os sábios nas escadarias do templo.
Os evangelhos apócrifos - aqueles que não foram aceitos pela Igreja - descrevem Jesus como um menino travesso, que dava vida a figuras de barro para impressionar os colegas.
Aos 30 anos de idade, Jesus começou a divulgar suas idéias em público e a fazer milagres. Ele se fez batizar por João Batista nas margens do rio Jordão. Jesus viajou para a Galiléia e seus primeiros seguidores (discípulos) foram pescadores do lago Tiberíades. Eles viviam perto dali, em Cafarnaum, um povoado com cerca de 1.500 moradores.
Escavações encontraram os restos da casa de um dos discípulos, provavelmente de Simão Pedro (hoje conhecido como São Pedro), além de um barco datado da mesma época da passagem de Cristo pelo lugar.
Aos 30 anos de idade, Jesus começou a divulgar suas idéias em público e a fazer milagres. Ele se fez batizar por João Batista nas margens do rio Jordão. Jesus viajou para a Galiléia e seus primeiros seguidores (discípulos) foram pescadores do lago Tiberíades. Eles viviam perto dali, em Cafarnaum, um povoado com cerca de 1.500 moradores.
Escavações encontraram os restos da casa de um dos discípulos, provavelmente de Simão Pedro (hoje conhecido como São Pedro), além de um barco datado da mesma época da passagem de Cristo pelo lugar.
Embora Jesus não tenha se esforçado para obter fama, esta se espalhou por toda a região e passou a incomodar governantes romanos e líderes religiosos judeus. Seu ato mais controverso foi anunciar que era Deus, ou filho de Deus: isso era uma violação da lei judaica. Os líderes religiosos convenceram o governador romano Pilatos a autorizar sua execução.
Ele foi preso, no Jardim do Getsêmani, em Jerusalém. Julgado, Jesus reafirmou sua missão divina e foi condenado. Atravessou as ruas carregando a cruz e foi crucificado, aos 33 anos, entre dois ladrões, no Gólgota, o morro do calvário ou da caveira.
Daí em diante, as narrativas ficam sem comprovação histórica, a não ser no terreno da fé cristã: depois de ser enterrado, ele teria ressuscitado e seu corpo foi levado aos céus, onde está sentado à direita do Pai.
Ele foi preso, no Jardim do Getsêmani, em Jerusalém. Julgado, Jesus reafirmou sua missão divina e foi condenado. Atravessou as ruas carregando a cruz e foi crucificado, aos 33 anos, entre dois ladrões, no Gólgota, o morro do calvário ou da caveira.
Daí em diante, as narrativas ficam sem comprovação histórica, a não ser no terreno da fé cristã: depois de ser enterrado, ele teria ressuscitado e seu corpo foi levado aos céus, onde está sentado à direita do Pai.
Fonte:
Bíblia – Retirado do site: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u636.jhtm
A palavra “discípulos” se refere a um “aprendiz” ou “seguidor”. A palavra “apóstolo” se refere a “alguém que é enviado”. Enquanto Jesus estava na terra, os doze eram chamados discípulos. Os 12 discípulos seguiram a Jesus Cristo, aprenderam com Ele, e foram treinados por Ele. Após a ressurreição e a ascensão de Jesus, Ele enviou os discípulos ao mundo (Mateus 28:18-20) para que fossem Suas testemunhas. Eles então passaram a ser conhecidos como os doze apóstolos. No entanto, mesmo quando Jesus ainda estava na terra, os termos discípulos e apóstolos eram de certa forma usados alternadamente, enquanto Jesus os treinava e enviava para pregarem.
Os doze discípulos/apóstolos originais estão listados em Mateus 10:2-4: “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu”. A Bíblia também lista os 12 discípulos/apóstolos em Marcos 3:16-19 e Lucas 6:13-16. Ao comparar as três passagens, há algumas pequenas diferenças. Aparentemente, Tadeu também era conhecido como “Judas, filho de Tiago” (Lucas 6:16). Simão, o Zelote também era conhecido como Simão, o cananeu. Judas Iscariotes, que traiu Jesus, foi substituído entre os doze apóstolos por Matias (veja Atos 1:20-26). Alguns professores bíblicos vêem Matias como um membro “inválido” para os 12 apóstolos, e acreditam que o apóstolo Paulo foi a escolha de Deus para substituir Judas Iscariotes como o décimo segundo apóstolo.
Os doze discípulos/apóstolos eram homens comuns a quem Deus usou de maneira extraordinária. Entre os 12 estavam pescadores, um coletor de impostos, um revolucionário. Os Evangelhos registram as constantes falhas, dificuldades e dúvidas destes doze homens que seguiam a Jesus Cristo. Após testemunharem a ressurreição e a ascensão de Jesus ao Céu, o Espírito Santo transformou os discípulos/apóstolos em homens poderosos de Deus que “viraram o mundo de cabeça para baixo” (Atos 17:6). Qual foi a mudança? Os 12 apóstolos/discípulos haviam “estado com Jesus” (Atos 4:13). Que o mesmo possa ser dito de nós!
O SERMÃO DA MONTANHA
É um ponto fundamental do Evangelho, encerra o substrato dos ensinamentos redentores de Jesus, resumindo o estatuto moral da Fraternidade dos Discípulos de Jesus, possibilitando a conduta pessoal evangélica através de uma conscientização analítica e perseverante. É a Carta Magna do Testamento de Amor entre os homens e Deus, na intimidade das relações do homem com o seu semelhante. Abaixo uma síntese do texto original (Mateus: Capítulo 5): Jesus, pois, vendo ele as multidões, subiu à montanha. Ao sentar-se, aproximaram-se dele os seus discípulos.
E pôs-se a falar e os ensinava, dizendo:
01- Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
02- Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
03- Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
04- Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
05- Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
06- Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
07- Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
08- Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
09- Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim.
10- Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós.
11- Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
12- Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte.
13- Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire, mas no candelabro, e assim ela brilha para todos os que estão na casa.
14- Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que vendo as vossas boas obras, ele glorifiquem vosso Pai que está nos céus.
15- Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento.
16- Porque em verdade vos digo que, até que passem o céu e a terra, não será omitido nem um só i, uma só vírgula da Lei, sem que tudo seja realizado.
17- Aquele, portanto, que violar um só desses mandamentos e ensinar os homens a fazerem o mesmo, será chamado o menor no Reino dos Céus. Aquele, porém, que os praticar e os ensinar, esse será chamado grande no Reino dos Céus.
18- Com efeito, eu vos asseguro que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus.
19- Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; aquele que matar terá de responder no tribunal.
20- Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, terá de responder no tribunal; aquele que chamar ao seu irmão “Cretino” estará sujeito ao julgamento do Sinédrio, aquele que lhe chamar “Louco” estará de responder na geena de fogo.
21- Portanto, se estiveres para trazer a tua oferta ao altar e ali te lembrares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti,
22- deixa a tua oferta ali diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e depois virás apresentar a tua oferta.
23- Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário, enquanto estás com ele no caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão.
24- Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.
27 Ouvistes que foi dito: Não cometerás adultério.
25- Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração.
26- Caso o teu olho direito te leve a pecar, arranca-o lança-o para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado na geena.
27- Caso tua mão direita te leve a pecar, corta-a e lança-a para longe de ti, pois é preferível que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para a geena.
28- Foi dito: Aquele que repudiar a sua mulher, dê-lhe uma carta de divórcio.
29- Eu, porém, vos digo: todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de infidelidade, faz com ela adultere; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério.
30- Ouvistes também que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor.
31- Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese nenhuma; nem pelo Céu, porque é o trono de Deus,
32- nem pela Terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a Cidade do Grande Rei,
33- nem jures pela tua cabeça, porque tu não tens o poder de tornar um só cabelo branco ou preto.
34- Seja o vosso “sim”, sim e vosso “não”, não. O que passa disso vem do Maligno.
35- Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
36- Eu, porém, vos digo: não resistais ao homem mau; antes, àquele que te fere na face direita oferece-lhe também a esquerda;
37- e àquele que quer pleitear contigo, para tomar-te a túnica, deixa-lhe também a veste;
38- e, se alguém te obrigar a andar u’a milha, caminha com ele duas.
39- Dá ao que te pede e não voltes as costas ao que te pede emprestado.
40- Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás ao teu inimigo.
41- Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
42- desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos.
43- Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem também os publicanos a mesma coisa?
44- E se saudais apenas os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem também os gentios a mesma coisa?
45- Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.
Referências Bibliográficas:
Curso Básico de Espiritismo – 1º ano
Curso Básico de Espiritismo – 2º ano
Federação Espírita do Estado de São Paulo
A Bíblia de Jerusalém – Edições Paulinas.
Segundo o cristianismo esotérico:
Na tradição ocidental esotérica, Essenia e mais tarde Rosacruciana, é realizada a distinção entre Jesus e o Cristo . Jesus é considerado um elevado Iniciado da onda de vida humana (que evolui através do ciclo de renascimentos) e que possuía um tipo de mente singularmente puro, vastamente superior à grande maioria da humanidade atual. Ele foi instruído durante a juventude pelos Essenios para a mais elevada honra concedida a um ser humano: preparar o seu corpo físico e o corpo vital (ou etérico) puros, sem paixão, e altamente desenvolvidos (já sintonizados com as elevadas vibrações do "espírito de vida") para os ceder, no momento do Batismo, ao Cristo para o Seu ministério no plano ou mundo físico. Cristo é considerado o mais elevado Ser espiritual da onda de vida que se designa por Arcanjos e completou a sua união ("o Filho") com o segundo aspecto de Deus (os três aspectos de Deus, segundo o Cristianismo esotérico, são: Vontade, Sabedoria e Atividade).
Nesta tradição, é feita a distinção clara entre o Cristo Cósmico ou exterior e o Cristo Interno, sendo que o Cristo Cósmico auxilia cada indivíduo na formação do Cristo Interno (também designado por corpo-alma, tradução correcta da expressão "soma psuchicon" de Paulo de Tarso, ou o Dourado Manto Nupcial (Mateus 22:2,11)); contudo frisa-se que a formação do Cristo Interno é um trabalho da responsabilidade de cada indivíduo. O Cristo Interno é considerado o verdadeiro Salvador que necessita de nascer no interior de cada indivíduo para que o mesmo possa progredir para a futura Sexta Época na região etérica da Terra, isto é, na Nova Galileia: "uns novos céus, e uma nova terra". De acordo com a presente tradição, o Segundo Advento do Cristo não é realizado no corpo físico mas sim no novo corpo-alma de cada indivíduo na região etérica do planeta ("seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares" (I Tessalonicenses 4:17)), e o Dia de consumação deste evento, conforme descrito na Bíblia, não é do conhecimento do homem. A tradição esotérica Cristã ensina que virá primeiro um período preparatório conforme o Sol entre por precessão em Aquarius: a Era de Aquarius que se irá iniciar.
Algumas correntes ocultistas consideram que Cristo não é um indivíduo mas um cargo ou função da Hierarquia Espiritual. Maitreya tem sido o Cristo nos últimos 2.600 anos e ainda seguirá nessa função durante toda a Era de Aquário. Na Palestina, há cerca de 2.000 anos, Maitreya trabalhou através de seu então discípulo Jesus.
Desde o batismo de Jesus no rio Jordão até sua crucificação, a consciência de Maitreya se fez presente com o pleno consentimento e cooperação de Jesus. Esse processo consciente, usado entre os mestres e seus discípulos, foi descrito pela ocultista Helena Blavatsky. Dessa forma, Maitreya pode assim mostrar ao mundo a grande força espiritual a que chamamos Amor. Em 1948, o iminente reaparecimento de Maitreya foi revelado no livro da médium Alice Bailey, A Reaparição do Cristo Segundo o cristianismo:
Segundo a obra "Livro dos Espíritos", Jesus é um modelo moral para os seres humanos (encarados como sendo espíritos encarnados), um exemplo de conduta a ser seguido na busca pelo auto-aperfeiçoamento a que todos estariam destinados. Igualmente, é um modelo moral para todos os espíritos desencarnados (não existem espíritos que não habitem "o" "mundo espiritual".
Os espíritos encarnados e o mundo material também estão no mundo espiritual e não fora dele. Sem sentido ou utilidade, portanto, esta última frase, a partir de "igualmente"...O que se diz na anterior, ou seja, que ele é um exemplo de conduta "para todos", já é o suficiente e inclui tanto os encarnados quanto os desencarnados. Se não incluísse "todos", se fosse necessário "excluir" alguém, em especial, aí, sim, seria necessário nominar este alguém) que prosseguem na busca da perfeição moral e da pureza.
"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação." (Hebreus 9:27-28).
Segundo o gnosticismo:
Os gnósticos sustentam o mesmo ponto de vista do nestorianismo: Cristo e Jesus seriam seres distintos. Jesus seria um alto iniciado que pertence à humanidade atual. Cristo, contudo, seria um iniciado de uma outra onda de vida anterior à nossa, que são os atuais arcanjos. Como Cristo nunca teve a experiência de construir um corpo físico, foi outorgada a Jesus - que teve encarnações anteriores - a missão de preparar um corpo físico que seria usado por Cristo no momento do batismo.
Para os gnósticos, a função de Jeová (identificado como o Espírito Santo, e não como o Deus Pai) foi a de um espírito de raça, que separou os homens em raças e tribos para que tomassem a consciência do indivíduo. Cristo teria vindo à Terra quando a função de Jeová já estava completa, e aí teria início a formação de uma fraternidade universal. Quando a missão de Cristo tiver sido concluída, será entregue a Deus a tarefa de ser o guia da humanidade. Veja também Tetragrama YHVH.
Segundo o islamismo:
Para os muçulmanos, Jesus Cristo foi um profeta da mesma linhagem de Maomé, devendo, portanto, ser respeitado e reverenciado. Contudo, ao contrário do que é comumente aceito, os muçulmanos advogam o ponto de vista que Jesus Cristo não foi crucificado; Judas teria sido transformado em sósia de Jesus e crucificado no lugar dele, como punição pela traição.
Segundo o judaísmo:
Muitas vertentes do judaísmo consideram que Cristo tenha sido um profeta, tal como Jeremias, Ezequiel, entre outros. Entretanto, para a maioria dos judeus, Cristo foi apenas um falso messias, uma vez que, para eles, várias outras profecias a respeito de quem seria o Messias judaico não foram levadas em consideração, entre eles a de que o Messias formaria uma fraternidade universal.
Segundo as religiões orientais:
Muitas religiões orientais também consideram Jesus Cristo um ser iluminado enviado à terra para trazer mensagens de paz e fraternidade, assim como vários outros, como por exemplo Buda e Krishna.
Fonte: Wikipédia
SERÁ QUE JESUS MORREU NA CRUZ?
Diz a história cristã que o corpo de Jesus desapareceu porque subiu ao céu. Uma teoria tenta provar que Jesus não morreu na cruz como se acreditava.
Ele teria sobrevivido, fugiu da Palestina, chegou à Cachemira, lá teve filhos e morreu de morte natural, já velho.
Ele teria sobrevivido, fugiu da Palestina, chegou à Cachemira, lá teve filhos e morreu de morte natural, já velho.
Esta é a tese de Andreas Faber Kaiser, editor da revista espanhola "Mundo Desconhecido" e autor de "Jesus Viveu e Morreu na Cachemira", que decidiu investigar por que há 1.900 anos se venera em Srinagar, capital da Cachemira, um túmulo chamado Rozabal (a "tumba do profeta") como sendo o túmulo de Jesus.
Uma história surpreendente:
história cristã diz que Jesus foi crucificado numa sexta feira ao meio dia. Antes do cair da noite, já morto, seu corpo foi retirado da cruz e depositado na gruta funerária de José de Arimatéia, cuja entrada foi fechada com uma pedra. No domingo seguinte, o corpo de Jesus havia desaparecido inexplicavelmente, fazendo assim cumprir uma profecia bíblica: o filho de Deus ressuscitara de entre os mortos. Depois de um breve período na Terra, durante o qual entrou em contato com seus discípulos, Jesus subiu ao céu, onde está à direita de Deus Pai.
Mas a contrariar este dogma cristão está o túmulo de Srinagar. Andreas Faber-Kaiser apóia-se em dois pontos principais para tentar provar que Jesus não morreu na Palestina, aos 33 anos, e sim na Cachemira, ao norte da Índia, muito tempo depois: as circunstâncias de seu martírio na cruz e referências de que Jesus já vivera na Índia, dos 13 aos 30 anos, período de sua vida do qual a Bíblia não fala.
Sobre a crucificação, Andreas Faber-Kaiser considera que ela ocorreu numa sexta-feira, véspera do shabat judeu, o que obrigava a baixar o corpo de Jesus antes do cair da noite. De acordo com o calendário da época, o sábado começava na noite de sexta e, pelas leis judias, era proibido deixar suspenso na cruz um supliciado durante o dia sagrado do shabat.
Faber-Kaiser argumenta que o objetivo da crucificação não era a morte imediata, mas a lenta tortura, suportável por até quatro dias, principalmente por um homem jovem e saudável. Então, um supliciado que fosse baixado da cruz em tempo teria condições de sobreviver, se devidamente tratado. Para Faber-Kaiser, foi o que aconteceu com Jesus: submetido a apenas algumas horas de tortura, ele foi retirado da cruz ainda vivo e, assistido por seus amigos e discípulos dentro da gruta de José de Arimatéia, recuperou-se e conseguiu fugir.
O autor de Jesus Viveu e Morreu na Cachemira recorre a vários trechos da história cristã nos quais há indícios de que o martirizado ainda estava vivo ao descer da cruz. O Evangelho Segundo São Marcos diz que Pilatos, conhecedor de que um crucificado leva dias para morrer, estranhou quando lhe comunicaram que Jesus já havia morrido. Diz também que Pilatos feriu o corpo de Jesus com uma lança, para verificar se estava de fato morto, e embora ele não tenha reagido, da ferida jorrou um "sangue abundante", o que não acontece a um corpo sem vida. O Evangelho Segundo São João faz notar que a tumba de José de Arimatéia não foi cheia de terra, como era costume entre os judeus, mas apenas fechada com uma pedra, o que deixava em seu interior espaço suficiente para respirar.
Por último, Andreas Faber-Kaiser afirma que as mais recentes análises científicas realizadas no sudário de Turim - o pano em que o corpo de Jesus foi envolvido ao ser retirado da cruz - demonstram que o sangue nele impregnado era o sangue de uma pessoa ainda viva.
As mesmas Idéias, a mesma filosofia, o mesmo nome:
Partindo, então, da hipótese de que Jesus sobreviveu ao martírio na cruz e fugiu da Palestina, Andreas Faber-Kaiser procura os sinais de sua presença na Cachemira. Sua principal fonte é o professor Hassnain, diretor do Departamento de Arquivos, Bibliotecas e Monumentos do Governo da Cachemira, diretor honorário do Centro de Pesquisas de Estudos Budistas da Cachemira e secretário do Centro Internacional de Pesquisas de Estudos Indianos Sharada Peetha.
O professor Hassnain colocou à disposição de Andreas Faber-Kaiser numerosos documentos que falam de um homem com idéias e filosofia idênticas às de Jesus. Este homem é designado nos documentos pelos nomes de Yusu, Yusuf, Yusaasaf, Yuz Asaf, Yuz-Asaph, Issa, Issana e Isa, que são traduções de Jesus nas línguas cachemir, árabe e urdu. E é este mesmo homem, segundo trajeto traçado pelos documentos, o que foi enterrado no túmulo Rozabal de Srinagar. Jesus, de acordo com as pesquisas de Hassnain, teve filho, e ainda hoje vive em Srinagar um seu descendente direto, chamado Basharat Saleem.
Segundo Andreas Faber-Kaiser, porém, ainda mais importante que os documentos que falam desse Jesus adulto são os manuscritos de Nikolai Notovitch, que contam a vida de um profeta Isa que viveu na índia, entre os 13 e os 30 anos, a mesma faixa de idade em que nada se sabe sobre Jesus. Para Faber-Kaiser, tais manuscritos fecham o ciclo: Jesus viveu na Índia, voltou para a Palestina e, depois, obrigado a fugir, retornou à região em que viveu toda a sua juventude.
Nikolai Notovitch foi um viajante russo que no século passado explorava os territórios do norte da índia, incluindo a Cachemira e o Ladakh, região também conhecida por Pequeno Tibete. Em uma de suas viagens, Notovitch conheceu em Hemis, no Ladakh, um lama (sacerdote budista entre mongóis e tibetanos) estudioso da vida de Isa. Este lama traduziu para Notovitch, que anotou a mão, documentos escritos em páli (língua dos livros sagradas budistas), contando sobre a passagem de Isa na índia, numa época que corresponde àquela em que Jesus viveu é, principalmente, no exato período em que a Bíblia não registra sua presença na Palestina.
O professor Hassnain chegou aos manuscritos de Notovitch por acaso. Isolado por uma tempestade de neve em Leh, capital do Ladakh, ele dedicou semanas à pesquisa de velhos textos da biblioteca da lamaseria (o mosteiro dos lamas) local e lá encontrou os 40 volumes de diários dos missionários alemães Marx e Francke. Em um dos volumes havia uma referência aos manuscritos traduzidos que Notovitch deixara em Hemis, a 38 quilômetros a sudeste de Leh.
Os missionários alemães não dão crédito às informações de Notovitch, mas o professor Hassnain está totalmente convencido de sua autenticidade.
As revelações sobre o menino-messias:
Em “Jesus Viveu e Morreu na Cachemir”a estão reproduzidas alguns trechos dos manuscritos de Notovitch sobre a história de Isa:
"Um formoso menino nasceu no país de Israel e Deus falou pela boca deste menino explicando a insignificância do corpo e a grandeza da alma.
O menino divino, a quem deram o nome de Isa, começou a falar, ainda criança, do Deus uno indivisível, exortando a grande massa extraviada a arrepender-se e a purificar-se das faltas que havia cometido.
De todas as partes as pessoas acorriam para escutá-lo e ficavam maravilhadas diante das palavras de sabedoria que surgiam de sua boca infantil; os israelitas afirmavam que neste menino habitava o Espírito Santo.
Quando Isa alcançou a idade de 13 anos, época em que um israelita deve tomar uma mulher, a casa onde seus pais ganhavam o pão, através de um trabalho modesto, começou a ser ponto de reunião de pessoas ricas e nobres que desejavam ter o jovem Isa por genro, pois era ele conhecido em toda parte por seus discursos edificantes em nome do Todo-Poderoso.
Foi então que Isa desapareceu secretamente da casa de seus pais, abandonando Jerusalém, e se encaminhou com uma caravana de mercadores para Sindh (Paquistão), com o propósito de se aperfeiçoar no conhecimento divino e de estudar as leis dos grandes Bodas.
Aos 14 anos, Jesus havia atravessado todo o Sindh e os devotos do deus Jaina lhe imploravam que ficasse entre eles, mas ele os deixou, caminhando para Jagannath (uma das cidades sagradas da Índia), onde foi recebido com grande alegria pelos sacerdotes de Brahma, que lhe ensinaram os Vedas, a salvar o povo através de orações, a expulsar o espírito do mal do corpo humano e a devolver a este sua forma humana.
Jesus viveu seis anos percorrendo as cidades sagradas de Jaganath, Rajagriba, Benaíes e outras, em estado de paz com os Vaishyas e Shudras, aos quais ensinou a sagrada escritura".
SUPOSTAS RELÍQUIAS: SANTO SUDÁRIO:
Na contemporaneidade, a mais conhecida, estudada e discutida relíquia de Jesus é o Sudário (σινδών, sindón, que significa "pano" em grego), atualmente armazenados em Turim e de posse pessoal do Papa. Segundo a tradição, é o pano em que estava envolto o corpo de Jesus no túmulo. O tecido é de linho e mede 442 x 113cm. Apresenta uma dupla imagem (frente e verso) de um homem com barba, bigode e cabelos compridos, ostentando as marcas no corpo correspondente à descrição da paixão: marcas de flagelação, a corroa de espinhos, mãos e pés perfurados por pregos e a ferida por lança ao lado. O quadro não é uma pintura, mas o resultado de um gradual amarelecimento da fibra têxtil - como se fosse um negativo de um filme fotográfico. Na parte mais profunda das feridas há vestígios de sangue tipo AB.
DEFESA DA VERACIDADE DA RELÍQUIA:
Santo Sudário é o pano de linho puro, que foi utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação, antes que este tenha sido levado ao Santo Sepulcro. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Encontra-se hoje na cidade de Turim, na Itália. No tecido encontramos manchas de sangue humano, com as marcas do flagelo e suplício sofridos por Jesus de Nazaré. Este pano é a prova maior da existência de Cristo e do que este sofreu.
Após a fotografia tirada do Santo Sudário em 1898, ficou mais fácil estudá-lo à luz da ciência, devido à nitidez da figura de frente e de costas. E desde então tem se discutido o assunto sem o apoio exclusivo da Fé, facilitando assim a aceitação por qualquer ser humano, de qualquer raça ou religião. É, sem dúvida, uma relíquia que tem muito a esclarecer sobre a História da Humanidade.
ciência vem estudando o Santo Linho há vários anos. Equipes interdisciplinares harmoniosas e livres, ao estudarem o Sagrado Linho, têm a impressão que é a descrição figurada dos Evangelhos. O mistério que cerca o Sudário exige muita humildade, pesquisa e estudos sinceros, pois a responsabilidade é grande. Dos inúmeros estudos realizados, podemos citar 5 de grande importância:
Em 1898, o fotógrafo Secondo Pia fotografou, pela primeira vez, o Santo Sudário. E desta forma, o grande segredo do mesmo foi revelado: o aparecimento de um corpo humano. Pia foi o primeiro homem a contemplar a figura de Jesus Cristo depois de dezenove séculos. Já com recursos mais aprimorados, em 1931, o Santo Sudário voltou a ser fotografado por Giuseppe Enrie. Pode-se estudar então os ferimentos do corpo de Cristo impressos no tecido. Entretanto, algo de muito curioso ocorreu. Ao ser revelada a fotografia, apareceu no negativo a figura de um homem de frente e de costas. Esta foi a primeira inversão negativo-positivo de uma fotografia. As manchas de sangue são claramente positivas na chapa, imagens normais. Deu-se a impressão de que as marcas foram feitas por contato direto. O mais importante desse estudo é a revelação não somente da forma, mas da expressão, do conteúdo espiritual. O rosto semita, que apesar das chagas tem um ar de majestade serena e com uma expressão de dever cumprido.
GRUPO STURP
GRUPO STURP
Este grupo era formado por 40 cientistas americanos, especializados nas mais diversas áreas: biologia, genética, química, física, entre outras. Os diversos estudos e testes realizados comprovaram em vários aspectos a autenticidade do Santo Sudário, e os resultados foram oficialmente divulgados após a reunião de encerramento, convocada em maio do ano 1981, em Nova Londres. Apenas um dos componentes do grupo afirmou que o Sudário era uma falsificação, Walter McCrone, mas seu embasamento teórico era falho e este sequer compareceu às reuniões para defender sua tese. Enfim, o Grupo STURP foi fundamental para precisar a veracidade do sangue humano encontrado no Sudário e, sendo assim, a vida e morte de Cristo.
Carbono-14
O Carbono-14 (C-14) é um método científico descoberto pelo Dr. Willard Libby, que busca datar a idade de materiais como o tecido através da quantidade de partículas de Carbono-14 encontradas no mesmo. Isso é possível porque os átomos de Carbono-14, que são radioativos, surgem na atmosfera da terra quando os raios cósmicos reagem ao nitrogênio do ar, e são absorvidos por plantas como o linho, material do Santo Sudário. A cada 5.700 anos a quantidade de Carbono-14 no tecido cai pela metade e, utilizando-se de métodos químicos e matemáticos torna-se possível datar a idade do material em questão. No caso do Santo Sudário, no entanto, este teste só veio trazer mais dúvidas. O primeiro resultado situou o linho no período de 1260-1390 d.C. Este disparate que negava a existência de Jesus Cristo ocorreu porque os cientistas não levaram em consideração os incidentes ocorridos com o Santo Linho, como os incêndios de 1516 e 1532, que podem ter reduzido a quantidade de C-14 no tecido, alterando a datação em até 600 anos. Após inúmeras controvérsias e testes anulados, o próprio inventor do método, Dr. Libby, se negou a utilizar o C-14 na datação do Santo Sudário. A última comprovação foi feita em 1995, quando o cientista russo Dimitri Kouznetsov demonstrou experimentalmente os efeitos do incêndio de 1532 sobre a quantidade de C-14 no Linho, datando-o então no século I d.C.
Carbono-14
O Carbono-14 (C-14) é um método científico descoberto pelo Dr. Willard Libby, que busca datar a idade de materiais como o tecido através da quantidade de partículas de Carbono-14 encontradas no mesmo. Isso é possível porque os átomos de Carbono-14, que são radioativos, surgem na atmosfera da terra quando os raios cósmicos reagem ao nitrogênio do ar, e são absorvidos por plantas como o linho, material do Santo Sudário. A cada 5.700 anos a quantidade de Carbono-14 no tecido cai pela metade e, utilizando-se de métodos químicos e matemáticos torna-se possível datar a idade do material em questão. No caso do Santo Sudário, no entanto, este teste só veio trazer mais dúvidas. O primeiro resultado situou o linho no período de 1260-1390 d.C. Este disparate que negava a existência de Jesus Cristo ocorreu porque os cientistas não levaram em consideração os incidentes ocorridos com o Santo Linho, como os incêndios de 1516 e 1532, que podem ter reduzido a quantidade de C-14 no tecido, alterando a datação em até 600 anos. Após inúmeras controvérsias e testes anulados, o próprio inventor do método, Dr. Libby, se negou a utilizar o C-14 na datação do Santo Sudário. A última comprovação foi feita em 1995, quando o cientista russo Dimitri Kouznetsov demonstrou experimentalmente os efeitos do incêndio de 1532 sobre a quantidade de C-14 no Linho, datando-o então no século I d.C.
MOEDA SOBRE AS PÁLPEBRAS:
A partir da análise das fotos feitas do Santo Sudário, três cientistas da NASA, com poderosos amplificadores microscópicos, puderam detectar a presença de duas pequenas moedas, uma sobre a pálpebra do crucificado e outra mais abaixo. Com um estudo aprofundado e o auxílio da mais alta tecnologia, pode-se afirmar serem as moedas dos anos de 26 a 36, cunhadas por Poncius Pilatos em homenagem à sua mãe. Este fato comprova a história de Cristo e ajuda profundamente a situar o Santo Sudário na época correta. Estudos realizados por Mario Moroni confirmam a existência destas moedas no tempo de Pilatos.
SANGUE HUMANO NO TECIDO
Os responsáveis pelos estudos de sangue no Sudário são John Heller e Baima Bollone, que comprovaram a presença de hemoglobina, ferro, proteínas, porfirina, albumina e sangue tipo AB, fator RH positivo na trama do Linho. Esta comprovação anula a hipótese de que a imagem possa ter sido feita por um artista, pois nem mesmo o mais perfeccionista dos pintores plásticos seria capaz de utilizar pelo menos 5 litros de sangue humano e, à pinceladas, constituir a imagem que é vista no Sudário. Além disso, o linho possui diversas camadas, e o estudo do sangue existente nas fibras comprova ter sido este absorvido pelo contato, pois nem todas as camadas estão impregnadas. Isto seria impossível de conseguir se fosse uma fraude.
Toda a história é mudada quando contada pelo alemão Wolfram von Eschenbach, quase ao mesmo tempo que Boron. Em "Parzifal", Eschenbach coloca na mão dos Templários a guarda do Graal que não é uma taça, mas sim uma pedra: "Sobre uma verde esmeralda. Ela trazia o desejo do Paraíso: era objeto que se chamava o Graal"!
Para Eschenbach, o Graal era realmente uma pedra preciosa, pedra de luz trazida do céu pelos anjos. Ele imprime ao nome do Graal uma estreita dependência com as forças cósmicas. A pedra é chamada Exillis, Lapis exillis ou Lapis ex coelis, que significa "pedra caída do céu".
É a referência à esmeralda na testa de Lúcifer que representava seu Terceiro Olho. Quando Lúcifer, o Anjo de Luz, se rebelou e desceu aos mundos inferiores, a esmeralda partiu-se pois sua visão passou a ser prejudicada. Um dos três pedaços ficou em sua testa, dando-lhe a visão deformada que foi a única coisa que lhe restou. Outro pedaço caiu ou foi trazido à Terra pelos anjos que permaneceram neutros durante a rebelião. Mais tarde, o Santo Graal teria sido escavado neste pedaço. Compare o Graal-Pedra de Eschenbach com a não menos mítica Pedra Filosofal que transformava metais comuns em ouro, homens em reis, iniciados em adeptos. Matéria e transmutação, seres humanos e sua transformação. O alemão têm como modelo de fiéis depositários do cálice sagrado os Cavaleiros Templários.
Seria Wolfran von Eschenbach um Templário? Era a época em que Felipe de Plessiez estava à frente da ordem quase centenária. O próprio fato de ser a pedra uma esmeralda se relaciona com a cavalaria. Os cavaleiros em demanda usavam sobre sua armadura a cor verde, sinônimo de vitalidade e esperança. Malcom Godwin, escritor rosacruz, refere-se a Parzifal da seguinte maneira: "Muitos comentadores argumentaram que a história de Parzifal contém, de modo oculto, uma descrição astrológica e alquímica sobre como um indivíduo é transformado de corpo grosseiro em formas mais e mais elevadas".
Nesta obra que é um retrato da Idade Média - feito por quem sabia muito bem sobre o que estava falando - reconhece-se uma verdadeira ordem de cavalaria feminina, na qual se vê Esclarmunda, a virgem guerreira cátara, trazendo o Santo Graal, precedida de 25 segurando tochas, facas de prata e uma mesa talhada em uma esmeralda.
Na descrição do autor da cena de Parzifal no castelo do Rei Pescador (que assim como Jesus, saciara a fome de muitas pessoas multiplicando um só peixe) lemos: "Em seguida apareceram duas brancas virgens, a condessa de Tenabroc e uma companheira, trazendo dois candelabros de ouro; depois uma duquesa e uma companheira, trazendo dois pedestais de marfim; essas quatro primeiras usavam vestidos de escarlate castanho; vieram então quatro damas vestidas de veludo verde, trazendo grandes tochas, em seguida outras quatro vestidas de verde (...). "Em seguida vieram as duas princesas precedidas por quatro inocentes donzelas; traziam duas facas de prata sobre uma toalha. Enfim apareceram seis senhoritas, trazendo seis copos diáfanos cheios de bálsamo que produzia uma bela chama, precedendo a Rainha Despontar de Alegria; esta usava um diadema e trazia sobre uma almofada de achmardi verde (uma esmeralda) o Graal, ‘superior a qualquer ideal terrestre’".
As histórias que fazem parte do chamado "Ciclo do Graal" foram redigidas de 1180 até 1230, o que nos inclina a relacioná-las com a repressão sangrenta da heresia cátara. Conta-se que durante o assalto das tropas do Rei Filipe II de França à fortaleza de Montsegur, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca que fez os soldados recuarem, temendo ser um guardião do Graal. Alguns historiadores admitem que, prevendo a derrota, os cátaros emparedaram o Graal em algum dos muros dos numerosos subterrâneos de Montsegur e lá ele estaria até hoje.
A "Mesa de Esmeralda" evocada pelas histórias de fundo cátaro relacionam-se de maneira óbvia com outra "mesa": a Tábua de Esmeralda atribuída a Hermes Trimegistos. A partir daí o Graal-Pedra cede lugar ao Graal-Livro.
O GRAAL-LIVRO
O Graal-Taça é tido como um episódio místico e o Graal-Pedra como a matéria do conhecimento cristalizado em uma substância. Já o Graal-Livro é a própria tradição primordial, a mensagem escrita. Em "José de Arimatéia", Robert de Boron diz que "Jesus Cristo ensinou a José de Arimatéia as palavras secretas que ninguém pode contar nem escrever sem ter lido o Grande Livro no qual elas estão consignadas, as palavras que são pronunciadas no momento da consagração do Graal". De fato, em "Le Grand Graal", continuação da obra de Boron por um autor anônimo, o Graal é associado - ou realmente é - um livro escrito por Jesus, o qual a leitura só pode entender - ou iluminar - quem está nas graças de Deus. "As verdades de fé que este contém não podem ser pronunciadas por língua mortal sem que os quatro elementos sejam agitados. Se isso acontecesse realmente, os céus diluviariam, o ar tremeria, a terra afundaria e a água mudaria de cor". O Graal-Livro tem um terrível poder.
UM GRAAL CIENTÍFICO
Em "O Livro da Tradição", no capítulo referente ao Graal, encontramos interessantes referências aos espetaculares fenômenos desencadeados pelas esmeraldas e por outras pedras verdes. Vale a pena reproduzir um trecho que mostra como encarar um assunto de um ponto de vista religioso, místico ou científico, isoladamente, é sempre uma maneira pobre de fazer uma leitura. "Uma descoberta muito recente parece confirmar a hipótese de um Graal possuindo uma realidade a um só tempo sobre os planos espiritual e material, servindo o segundo como um suporte para o primeiro.
"Segundo fontes precisas e confidenciais das quais não nos é possível indicar a origem, os astronautas americanos da expedição da Apolo XIV teriam descoberto na Lua amostras da pedra verde. "A análise em laboratório revelou estranhas propriedades entre as quais a de provocar, graças a certas emissões de nêutrons, um minicampo antigravitacional. "As mesmas pedras verdes, chamadas ‘pedras de lua’ ou ‘pedras das feiticeiras’, são também encontradas na Escócia (sendo entretanto raras), nas Highlands e, segundo a lenda, serviam às feiticeiras para fazer com que elas se deslocassem pelos ares (com que então muitas vezes a realidade supera a ficção!).
"As mesmas amostras de rochas verdes estariam engastadas nos alicerces das criptas das catedrais medievais, bem como na abadia do Monte Saint-Michel. A catedral de Colônia desfrutaria dessa particularidade, o que teria feito com que ela se beneficiasse com uma miraculosa proteção por ocasião dos bombardeios terríveis que destruíram a cidade em 1944-45 (o campo de força assim criado teria desviado a trajetória das bombas)".
É lógico que esta explicação física para o Graal não exclui a existência de um Graal espiritual e místico do qual o objeto material seria o reflexo. Ao final, pergunta-se: qual a natureza do Graal? Cálice, Pedra ou Livro? Sendo o Graal uma realidade nos planos espiritual, material e humano podemos concebê-lo como "um objeto-pedra (esmeralda) em forma de taça servindo como meio de comunicação entre o céu e a terra segundo um processo descrito e explicado por um livro".
Somente homens puros (Percival e Galahad são os arquétipos) poderão servir como ponte e tornarem-se detentores do segredo do Graal que abre caminho aos planos superiores da existência. Esta raça pura, filha da "Raça Solar", é denominada "Raça do Arco" - ou do "Arco-Íris", porque as cores expressas no prisma solar (também chamado Lenço de Íris) são a manifestação física dos diferentes poderes que o homem pode despertar através do Graal. Isso possivelmente só será conseguido no final dos tempos, como encontramos no Apocalipse de João (4:2-3): "Logo fui arrebatado em espírito e vi um trono no céu, no qual Alguém estava sentado. O que estava sentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de sardônio; e um arco-íris rodeava o trono, semelhante à esmeralda".
O SANTO GRAAL
Santo Graal ( ou Sangraal ) é uma expressão medieval que designa normalmente o cálice usado por Jesus Cristo na Última Ceia. Ele está presente nas lendas arturianas, sendo o objetivo da busca dos cavaleiros da Távola Redonda, único objeto com capacidade para devolver a paz ao reino de Artur. No entanto, em outra interpretação, ele designa a descendência de Jesus ( o sangraal ou sangue real ), segundo a lenda, ligada à dinastia Merovíngia. Finalmente, também há uma interpretação em que ele é a representação do corpo de Maria Madalena, a suposta esposa de Jesus e sua herdeira na condução da nova religião.
O SIMBOLISMO DO GRAAL
O símbolo do cálice sagrado, enquanto motivo de poder e fonte de milagres, é tão antigo quanto a História. O SANTO GRAAL teve múltiplos precursores e apareceu sob variadas formas antes de ter sido identificado com o cálice do ritual usado na missa católica. Muitas vezes o GRAAL foi descrito não como um cálice, mas como uma pedra. Neste sentido o símbolo é profundamente alquímico, ou seja – a conciliação dos opostos mediante a harmonia entre o céu e a terra. A etimologia da palavra Graal é controvertida. Costuma-se considerá-la como oriunda do latim "gradais" - cálice. Outros dizem que "Graal" vem de outra palavra latina - 'graduale' que significa 'gradual" um livro de orações e cânticos místicos.
Os celtas se referiam ao Graal como um caldeirão e a lenda em torno de um cálice sagrado pode ter relação com a importância que os celtas davam ao caldeirão, onde os druidas preparavam suas poções mágicas.
Esse conceito popular lembrava-lhes abundância e renascimento. Muitos personagens míticos dos celtas estavam envolvidos com esse símbolo: Nasciens, foi transportado por mãos invisíveis para uma ilha onde lhe apareceu um caldeirão mágico; Dagda fortalecia os guerreiros com o alimento do caldeirão. Outro caldeirão célebre foi o pertencente à deusa Caridween, que preparou uma poção para infundir sabedoria em seu filho.
Os recipientes, como a taça, o caldeirão e os vasos, são símbolos do útero, a matriz da vida e a espada o órgão masculino fecundador. É no vazio que acontece o ciclo permanente de nascimento, morte e renascimento. Os cálices são oferendas ao espírito desconhecido que preside determinado tempo e local, uma oração que se eleva a Deus, pedindo que seu Espírito desça à terra. Este é o significado sagrado da missa católica: dois movimentos de direções opostas – o cálice voltado para o céu e o espírito projetando-se sobre ele – formam o ciclo de dar e receber, o eixo entre o superior e o inferior.
Os recipientes, como a taça, o caldeirão e os vasos, são símbolos do útero, a matriz da vida e a espada o órgão masculino fecundador. É no vazio que acontece o ciclo permanente de nascimento, morte e renascimento. Os cálices são oferendas ao espírito desconhecido que preside determinado tempo e local, uma oração que se eleva a Deus, pedindo que seu Espírito desça à terra. Este é o significado sagrado da missa católica: dois movimentos de direções opostas – o cálice voltado para o céu e o espírito projetando-se sobre ele – formam o ciclo de dar e receber, o eixo entre o superior e o inferior.
A LENDA ORIGINAL
Antes do século VII, a tradição e a Bíblia propiciaram o desenvolvimento de uma lenda intrigante sobre o cálice sagrado. Diz essa lenda que, antes da criação do homem, houve uma grande batalha no céu. O Arcanjo Miguel e seus anjos guerrearam contra Lúcifer. O adversário e seus anjos combateram ferozmente, diz a Bíblia; "todavia não venceram, nem acharam mais seu lugar no céu. E a antiga serpente, o Grande Dragão chamado demônio ou satanás foi expulso de lá sendo atirado para a terra com seus anjos". Diz a lenda que Lúcifer trazia um pedra colada na testa, uma esmeralda que funcionava como um terceiro olho. Quando Lúcifer foi atirado pelo Arcanjo Miguel à terra, a esmeralda partiu-se e sua visão ficou prejudicada. Um pedaço permaneceu em sua testa dando-lhe uma visão distorcida de sua situação como anjo caído; o outro fragmento foi guardado pelos anjos. Mais tarde, o Graal foi esculpido neste segundo pedaço.
AS LENDAS DO CÁLICE SAGRADO
Parece que durante sua presença na terra, o GRAAL necessitou de um abrigo e, dado ao seu caráter espiritual, essa habitação deveria ser um templo especialmente projetado para esse fim e oculto da visão dos profanos.
Mesmo se encararmos o GRAAL como um tema pertencente aos planos inexplorados da alma, restam-nos alguns enigmas históricos relacionados com a figura de Jesus Cristo, José de Arimatéia, o Rei Arthur e, mais tarde, com os estranhos acontecimentos que marcaram a vida e agonia dos Cátaros na região do Languedoc, no sul da França.
Esses episódios, custaram a vida de milhares de pessoas e permanecem até hoje como indicadores da provável existência física de um Rei e Sacerdote do Santo Graal. Seria esse o Rei, eterno e onipresente Sacerdote da Távola Redonda, uma versão medieval inglesa relacionada à mesa da Última Ceia, sob a proteção de Arthur ? Ou seria essa Mesa Redonda uma forma de os místicos simbolizarem os círculos do infinito celeste e a egrégora da Grande Fraternidade Branca?
Esses episódios, custaram a vida de milhares de pessoas e permanecem até hoje como indicadores da provável existência física de um Rei e Sacerdote do Santo Graal. Seria esse o Rei, eterno e onipresente Sacerdote da Távola Redonda, uma versão medieval inglesa relacionada à mesa da Última Ceia, sob a proteção de Arthur ? Ou seria essa Mesa Redonda uma forma de os místicos simbolizarem os círculos do infinito celeste e a egrégora da Grande Fraternidade Branca?
Conta uma antiga lenda cristã, que José de Arimatéia teria recolhido no cálice, usado na Última Ceia, o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificação.
Em outra versão, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a Bíblia a única mulher além de Maria (a mãe de Jesus) presente na crucificação de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida.
A lenda tornou-se popular na Europa nos séculos XII e XIII por meio dos romances de Chrétien de Troyes, particularmente através do livro "Le Conte du Graal" publicado por volta de 1190, e que conta a busca de Sir Percival pelo cálice.
Em outra versão, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a Bíblia a única mulher além de Maria (a mãe de Jesus) presente na crucificação de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida.
A lenda tornou-se popular na Europa nos séculos XII e XIII por meio dos romances de Chrétien de Troyes, particularmente através do livro "Le Conte du Graal" publicado por volta de 1190, e que conta a busca de Sir Percival pelo cálice.
Mais tarde, o poeta francês Robert de Boron publicou Roman de L'Estoire du Graal, escrito entre 1200 e 1210, e que tornou-se a versão mais popular da história, e já tem todos os elementos da lenda como a conhecemos hoje.
Finalmente, o poeta Wolfram von Eschenbach criou a mais inventiva e surpreendente versão para a história do Graal, em sua obra "Parsifal", escrita entre os anos de 1210 e 1220. Ele supõe o Graal anterior a Cristo. O Graal teria sido, não um cálice, mas uma pedra enviada a Terra há muito tempo atrás por espíritos celestiais. O Graal teria sido guardado por uma misteriosa irmandade de cavaleiros, chamados templáisen.
Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeição. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra, e da busca que os cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtê-lo e devolver a paz ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristãos e pagãos relacionados com a cultura celta.
Segundo algumas histórias, o Santo Graal teria ficado sob a tutela da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida como Ordem do Templo, ou simplesmente "Templários". Instituição militar-religiosa criada para defender as conquistas nas Cruzadas e os peregrinos na Terra Santa. Alguns associam os templários a irmandade que Wolfram cita em "Parsifal".
Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeição. Em torno dele criou-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra, e da busca que os cavaleiros da Távola Redonda fizeram para obtê-lo e devolver a paz ao reino. Nas histórias misturam-se elementos cristãos e pagãos relacionados com a cultura celta.
Segundo algumas histórias, o Santo Graal teria ficado sob a tutela da Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida como Ordem do Templo, ou simplesmente "Templários". Instituição militar-religiosa criada para defender as conquistas nas Cruzadas e os peregrinos na Terra Santa. Alguns associam os templários a irmandade que Wolfram cita em "Parsifal".
Segundo uma das versões da lenda, os templários teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Em outra versão, o cálice teria sido levado de Constantinopla para Troyes, na França, onde ele desapareceu durante a Revolução francesa.
Os cátaros, acreditavam que este mundo é o verdadeiro inferno; que a encarnação do Espírito do Cristo foi o verdadeiro sacrifício simbolizado na cruz do calvário. A Igreja Romana via o catarismo como um movimento reformista. No início do século XIII uma armada de cavaleiros do norte desceu pelo Languedoc para exterminar a heresia cátara e requisitar para si os ricos espólios da região.
Os cátaros, acreditavam que este mundo é o verdadeiro inferno; que a encarnação do Espírito do Cristo foi o verdadeiro sacrifício simbolizado na cruz do calvário. A Igreja Romana via o catarismo como um movimento reformista. No início do século XIII uma armada de cavaleiros do norte desceu pelo Languedoc para exterminar a heresia cátara e requisitar para si os ricos espólios da região.
Conta-se que durante o assalto das tropas às fortalezas albigenses, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca. Os soldados recuaram, temendo ser um guardião do Santo Graal. Mas, prevendo a derrota, os cátaros, ocultaram o Santo Graal num dos numerosos subterrâneos onde estaria até hoje.
Nesse contexto histórico poderiam ser explicados os mistérios do Messias e as verdades que a Igreja proibiu sobre a "dinastia do cálice", a matança dos cátaros, as cruzadas e a história do abade Berenger Saunière em Rennes-le-Château, no Languedoc.
A DINASTIA MEROVINGIA
Segundo algumas lendas, a descendência de Jesus era de sangue real, ele próprio herdeiro do trono de Jerusalém por ser descendente do Rei Davi, e migrou para a Europa, particularmente para a França e fundou a dinastia merovíngia, cuja posição, mais tarde, foi usurpada pelos carolíngios e pela Igreja Católica. Neste caso, o sangraal ou sangue real seria a própria descendência de Jesus, os merovíngios.
Os merovíngios se diziam descendentes de reis de Tróia, e isto justifica tantas localidades na França que possuem um nome que lembra Tróia, inclusive a cidade natal de Chrétien de Troyes, autor das primeiras histórias sobre o Graal.
Histórias revelam a existência de uma sociedade secreta, chamada Priorado de Sião, que se dedica a defender a descendência Merovíngia e seu direito ao trono na Europa. Segundo algumas fontes, o Priorado do Sião justifica este direito pela descendência direta de Jesus e do Rei Davi.
MARIA MADALENA
Além destas lendas, existem também outras histórias paralelas, como a que conta que o Santo Graal, na verdade, é o corpo de Maria Madalena.
Ela seria a esposa de Cristo e deveria ser a herdeira da nova religião.
A história também diz que junto ao cadáver desta, estariam preciosos pergaminhos e documentos escritos pelos apóstolos de Jesus e pelo próprio Cristo. Tais pergaminhos segundo a lenda, são extremamente contraditórios com a Bíblia e portanto um verdadeiro tesouro sobre o legado de Cristo na Terra.
A história também diz que junto ao cadáver desta, estariam preciosos pergaminhos e documentos escritos pelos apóstolos de Jesus e pelo próprio Cristo. Tais pergaminhos segundo a lenda, são extremamente contraditórios com a Bíblia e portanto um verdadeiro tesouro sobre o legado de Cristo na Terra.
Em 1948, na localidade de Nag Hammadi, foram encontrados pergaminhos que continham evangelhos apócrifos, e cujo conjunto de textos foi chamado de biblioteca de Nag Hammadi.
As cópias destes evangelhos supunham-se perdidas, pois haviam sido proibidas e queimadas pela Igreja após o concílio de Nicéia.
Entre estes documentos antigos encontra-se o "Evangelho de Maria Madalena", que apresenta inconsistências com os quatro evangelhos aceitos pela Igreja. Um dos pontos é que entre os seus discípulos, Maria Madalena é a preferida, e é ela que transmite os ensinamentos de Jesus aos outros.
Em outro documento da biblioteca de Nag Hammadi, o "Evangelho de Filipe", faz-se referência ao fato que Jesus a ama mais que aos outros discípulos e a beija com frequência.
Tudo isto fortalece a hipótese do casamento entre ambos, e que seja Maria Madalena e sua descendência os verdadeiros herdeiros da religião fundada por Jesus.
Tudo isto fortalece a hipótese do casamento entre ambos, e que seja Maria Madalena e sua descendência os verdadeiros herdeiros da religião fundada por Jesus.
Um grande argumento em favor desta união, é a de que era impensável que um judeu, naquela época, chegasse aos 30 anos sem estar casado.
A BUSCA DO GRAAL
Do ponto de vista místico, a busca do Graal representa a busca por uma vida superior, por progresso espiritual. Nas lendas arturianas, só é possivel às pessoas de coração puro e isentas de pecado ver e tocar o cálice.
Para o iniciado, o caminho do GRAAL está indissoluvelmente unido à idéia de um sacrifício e de uma viagem cheia de perigos para alcançar a iluminação, o renascimento ou a "vida eterna" segundo os cristãos. O início e o final da Busca do SANTO GRAAL são, por isso mesmo, momentos cruciais, pois é uma busca que não termina. O GRAAL tem que ser constantemente buscado no coração, na mente e no espírito; sua revelação final representa aquele ideal de subida aos planos superiores de existência, objetivo máximo de todos os místicos. Ao entrar em comunhão consigo mesmo, o místico descobre não uma melancolia - a cor negra, "nigredo" para os alquimistas - mas um parceiro interno, uma relação que se assemelha à alegria de um amor secreto. Este estágio da vida iniciática é representado pela primavera oculta, onde as sementes brotam da terra nua, trazendo as promessas de futuras colheitas.
Non Nobis Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo, da Gloriam!
( Não por nós Senhor, não por nós, mas para a glória de Teu nome! )
Carlos Roberto ( Amon Sol )
CAMELOT
Camelot era o reino do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Ele foi criado depois que Arthur conseguiu expulsar os saxões de sua terra, ganhando com isso a aliança dos inimigos. Antes, Arthur morava no Castelo de Tintagel, onde era a base de seu reino. Em Camelot, Arthur construiu a sala da Távola Redonda e foi aí que começou a ser criada a ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda (que eram todos os homens feitos por Arthur). O local era em cima de uma montanha, rodeado por um lago e muito fortificado visto que a altura facilitava a visão da guarda. Foi ali que Arthur conseguiu a felicidade e a calmaria.
Supõe-se que o nome Camelot, referindo-se à suposta capital de Arthur, tenha sido dado pela primeira vez, no século XII, pelo romancista francês Chrétien de Troyes. Acredita-se que Camelot seja uma corruptela francesa para Camalodunum, nome romano de Colchester.
Talvez a possibilidade mais forte seja a trincheira da Idade do Ferro em Cadbuty Hill sobre o vale de Avalon até Glastonbury.Jonh Leland antiquário do século XV escreveu, que os povos locais se referiam ao monte como "Camalat"A aldeia de Quen Camel, fica perto...e foi outrora simplesmente conhecida como Camel.O rio Cam corre nos arredores. Se os nomes locais são de alguma referência, então o local tem também a seu favor o fato de o planalto no cimo da colina se chamar Palácio do rei Artur,além de existir também um Poço do rei Artur dentro da trincheira.
Cadbury, próxima a Glastonbury, é um monte de 75 metros de altura cujo topo se estende por 8 hectares. O monte é cercado por quatro elevações, uma acima da outra, remanescentes de antigas obras de defesa.
Contudo as mais recentes teorias académicas situam Camelot no Sul da Escócia com a famosa Távola Redonda relegada para uma tradução incorreta do termo gaélico do termo escocês que significa «uma construção circular de pedra polida» Tais construções eram populares como jazigo para os ossos de santos em todo o Império Romano e no Médio Oriente.Está postulado, que o Artur original, lutando numa das primeiras cruzadas, se envolveu num culto religioso de Maria Madalena que levou para Inglaterra ao regressar.Fez com que o edifício circular fosse erigido como parte da sua prática religiosa e tornou-se coloquialmente conhecido como «Arthur's O'on» (O trono de Artur). O edifício manteve-se de pé até aos primeiros anos de 1800, quando foi demolido por um proprietário de terras local que utilizou as pedras para construir uma barragem.No entanto, foi construída uma réplica a partir dos projetos originais.
Talvez não seja muito difícil visualizar: época medieval, os povos da região tinham a sua sabedoria de deuses e magias e uma religião vem ganhando espaço entre os nobres e sendo imposta aos seus súditos.
É nessa época que surgi Rei Arthur, uma época de guerras ideológicas, onde a Igreja Católica, rica e nobre, massacra a sabedoria popular e se impõe, ditando pecados e receitas para a vida eterna. Um rei não sobrevivia sem o apoio das duas frentes, de um lado,o bispo Patrício e uma rainha Guinevere, muito religiosa e ditadora de normas e regras, de outro, o Mago Merlim e Avalon, que representavam o apoio e a aprovação popular, o povo só estava unido a Arthur por causa do apoio de Avalon, e sem o povo o reino cai, e é o que começa a acontecer a partir do momento em que Guinevere troca a bandeira do Pendragon pela Cruz cristã.
Gwen comete o erro de confrontar a maioria e os mais poderosos (o povo e a nobreza) e isso enfraquece o ideal de Arthur (manter todos os reinos unidos e em paz, sobre Deus e regido pela Távola Redonda onde ninguém é melhor que ninguém). A religião antiga é a WICCA (bruxaria) hoje tão pouco disseminada. A WICCA prioriza a mãe natureza e é dela que vem todos os ensinamentos do homem.
O Reino de Camelot foi palco de uma das lendas mais famosas do Mundo. A Hístória do Destemido Rei Arthur, sua paixão por sua bela Guenevière, seus valorosos Cavaleiros da Távola Redonda , o Enigmático Mago Merlin, a Irmã de Arthur a Fada Morgana e Viviane .... Todos estes antigos e mágicos personagens já foram ao longo do tempo enaltecidos por poetas, escritores, dramaturgos e cineastas...
Para Historiadores O Reino de Camelot e seus inesquecíveis habitantes ainda é um tema digno de muitos estudos e aprofundadas pesquisas. Para aqueles porém, que como Oscar Wilde disse certa vez " acredito em tudo que é inacreditável...." Camelot não tem mistério algum, é Magia Pura, Natural e Bela, mas que o Ceticismo do Homem Moderno hoje nos impede de simplesmente acreditar !
Os Séculos se passaram e a História ainda persiste fascinando gerações e gerações ...
E muitos pesquisadores também movidos talvez, pela Magia de Camelot.
E muitos pesquisadores também movidos talvez, pela Magia de Camelot.
Por exemplo, em Somerset Inglaterra, existe um desenho com os doze Signos do Zodíaco em sua Topografia. Visto de cima, pode-se perceber nitidamente com a ajuda das florestas, morros, colinas e córregos o referido desenho que cobre aproximadamente 200 Km quadrados. Quem fêz esta fantástica descoberta foi a Artista Katherine Malwood no ano de 1929, quando trabalhava em uma nova versão da tradução do Livro " A Nobre História do Santo Graal " ou " Le Haur Livre du Graal ".
A referência para este livro teria sido um antigo texto em Latim das aventuras do Rei Arthur e seus Cavaleiros , escrito provavelmente na Abadia de Glastonbury, considerada no passado a Igreja mais Sagrada da Inglaterra e túmulo oficial do Grande Arthur.
As pesquisas de Katherine Malwood ainda revelaram além dos doze Signos Zodiacais, um Anel com mais de 16 Km de diâmetro. Katherine discerniu uma décima terceira figura fora do Anel, um Cão. Este seria "Langport", que de acordo com as Tradições Celtas, vigiaria a entrada para o secreto " Mundo das Fadas " chamado de " Annwn ".
Trezentos e cinquenta anos antes de Katherine Malwood descobrir este incrível Mapa Celeste, um certo Senhor chamado John Dee, que dentre suas inúmeras ocupações era Conselheiro Astrológico de Sua Magestade a Rainha Elizabeth I, também já havia percebido que as figuras Zodiacais não eram coincidência e que tinham propositalmente sido impressas naquela região, hoje chamada de Templo das Estrelas, por um Povo muito Antigo ( os Celtas ), cuja Sabedoria e Talento permaneceram em seus sinais.
A Artista Katherine Malwood, que abandonou tudo para estudar sua enigmática descoberta, escreveria em 1935 um livro onde interpretava este Zodíaco como berço das Lendas Arthurianas.
O Anel de Signos, segundo Katherine seria a própria Távola Redonda. No Zodíaco Arthur seria Sagitário, Lancelot seria Leão, Guenevière, Virgem e Merlin Capricórnio.
O Anel de Signos, segundo Katherine seria a própria Távola Redonda. No Zodíaco Arthur seria Sagitário, Lancelot seria Leão, Guenevière, Virgem e Merlin Capricórnio.
Mito ou Verdade, o fato é que Glastonbury, é notóriamente uma região de grande Fascínio e Poder sentida por todos que a visitam . Suas Lendas, hitórias, seus personagens heróicos seriam apenas um reflexo mágico do que suas Pedras ainda escondem .... Camelot ? Annwn ? Avalon ?
Devido à crença de que Artur regressará, ele é, por vezes, chamado "The Once and Future King" e Camelot acabou por não ser só visto como um local, mas como um estado de espírito, um reflexo de um ideal perdido. Tennyson, em The Idylls of the King, escreve que é um símbolo, "the gradual growth of human beliefs and institutions, and of the spiritual development of man."
CAVALEIROS TEMPLÁRIOS - OS POBRES SOLDADOS DE JESUS CRISTO E DO TEMPLO DE SALOMÃO
Lázaro Curvêlo Chaves.’.M.’.M.’.
Introdução: conceitos sociológicos indispensáveis
Dialética
Tudo é transformação, movimento. Heráclito de Éfeso, em seu aforismo de número 91 informa: “Não se pode entrar duas vezes no mesmo rio.” – as águas passam e a própria pessoa se transforma. Hoje, por exemplo, sabemos que todas as células do nosso corpo são substituídas a cada 11 meses. Há permanência e transformação. Somos nós mesmos e um outro em processo de devenir perpétuo, em permanente transformação.
Eu escrevo um diário desde os meus 11 anos de idade. Tenho mais de 40 cadernos com idéias, impressões, alegrias e frustrações registradas pela vida afora. É impressionante reler particularmente os mais antigos e perceber o quanto me transformei, mudei de planos e idéias.
Tenho também um álbum de fotos. Até os 18 anos tinha um corpo atlético e vasta cabeleira loira. Aos 47 estou calvo e fora de forma, muitos quilos acima do peso.
Estes exemplos não são fortuitos. Estou seguro de que todas as pessoas têm vivências similares. O mais importante é não perder de vista que somos sempre nós mesmos e um outro em transformação. Há o que permanece e o que se transforma ao longo de nossas vidas.
Não há lugar para conceitos absolutos e definitivos. Assim como nossa forma física, nossas idéias a respeito das coisas se transformam à medida que nosso conhecimento se amplia.
A Igreja Católica Romana, durante a Idade Média, não admitia qualquer conhecimento que estivesse fora do que preconizavam os doutores da Lei. Se algo não estava escrito, por exemplo, na Obra de Aristóteles, simplesmente não era considerado verdade e quem argüisse a respeito corria o risco de sofrer os suplícios da Santa Inquisição.
A Terra era considerada achatada e havia a crença de que era carregada por gigantescas tartarugas. O “fim do mundo” estava além do Oceano ou “Mar Tenebroso”, como se referiam ao Atlântico naqueles tempos. Acreditava-se que as águas ferviam pela altura da linha do Equador e que havia sereias belíssimas que tinham particular predileção gastronômica pelos testículos dos marinheiros. Eram tempos de medo.
Não se conhecia o Novo Mundo (América) ou mesmo a Austrália. Os mapas medievais faziam referências superficiais a locais existentes a partir de relatos de viajantes.
O que outrora custou a vida de centenas de cientistas, alquimistas, rosacruzes e filósofos que discordavam racionalmente dos pontos de vista dogmáticos da Igreja é hoje aceito com naturalidade e comprovado por fotos de satélite.
O mundo não mudou, ou seja, não era achatado e ficou redondo (ou, mais precisamente em formato de uma pêra) de um momento para o outro. O avanço da ciência e a modificação da percepção humana, hoje com fotos tiradas de satélites e mesmo da Lua, é que se transformou.
Devemos sempre ser cautelosos com aqueles que propagam “verdades absolutas”, úteis em determinado tempo histórico e um povo específico, contudo frequentemente distanciadas da realidade absoluta dos fatos.
Etnocentrismo
Todos os povos do mundo, dos bosquímanos africanos aos esquimós do Pólo Norte, passando pelos papuas da Nova Guiné, aborígines americanos e europeus, se consideram superiores a todos os outros povos. Esta é uma idéia universalmente difundida e, uma vez que o avanço tecnológico, particularmente no que tange ao poderio bélico ultrapassa o avanço humanístico, os vencedores são sempre aqueles que, dotados de maior capacidade de destruição, tornam-se os donos da verdade histórica.
A sociologia define “etnocentrismo” classicamente como “considerar a própria cultura ou civilização superior a todas as demais ou mesmo a única válida”.
Isto tem sido motivo das mais diversas formas de intolerância ao longo da história humana.
Já os gregos se referiam a todos os que não dominavam seu idioma ou cultuavam seus deuses e costumes como “bárbaros”. Ao longo da história humana encontram-se formas diversas de discriminação. Aqui nos interessa de perto a incapacidade de tolerar a fé ou religião do outro ou mesmo aceita-la como válida. Fundamentalistas religiosos – sejam cristãos, muçulmanos, judeus ou de qualquer fé – via de regra vêem-se como “donos da verdade” ou, no limite, “professores de Deus” e buscam lançar a fé alheia na rubrica da feitiçaria ou da heresia...
O Grande Cisma Cristão
O ano de 1054 foi marcado pelo primeiro Grande Cisma da cristandade. O Bispo de Roma, Humberto, autoproclama-se papa, não é reconhecido pelo Patriarca (Bispo) de Constantinopla, Miguel Celulário, ambos se excomungam mutuamente e agora há duas Igrejas Católicas. A Católica Apostólica Romana, sob a liderança do Bispo de Roma (o Papa) e a Católica Apostólica Ortodoxa ou Grega, sob a liderança de um conselho de Patriarcas.
Enquanto a Europa segue o caminho ditado por Roma, o Império Bizantino (continuação do Império Romano no Oriente, que durará até o ano de 1453, quando os canhões de Maomé III derrubam as fortificadíssimas muralhas de Constantinopla) segue a orientação dos Patriarcas Ortodoxos.
Durante as Cruzadas, contudo, católicos romanos e ortodoxos tendem a uma aliança, ainda que tênue, contra o adversário muçulmano.
O Islã
"Em nome de Deus, Clemente, Misericordioso..."
O islamismo, religião que mais cresce no mundo contemporâneo, nasceu na Península Arábica principalmente a partir da reflexão de Maomé em torno da multiplicidade de deuses existentes nas tribos da própria península assim como das religiões petrificadas, anquilosadas e presas no formalismo ritualístico, sem a vivificação espiritual desejada e desejável, como o cristianismo ortodoxo grego, o cristianismo romano e o judaísmo.
“Nos 13 séculos que se passaram de sua gênese, a religião congrega hoje mais de 800 milhões de adeptos, “unidos pelo sentimento profundo de pertencerem a uma só comunidade”. E essa expansão, que continua, é devida principalmente a um espírito de universalidade que transcende qualquer distinção de raça e permite a cada povo se integrar no Islã mas, ao mesmo tempo, conservar sua cultura própria.” (O Correio da Unesco, 1981).
O Berço
A Península Arábica está localizada no Oriente Médio, limitada entre o Mar Vermelho a oeste, o Oceano Índico ao sul e o Golfo Pérsico a leste, ligada ao continente pelo deserto, que cobre a maior parte da Península. Não existem rios permanentes e o clima é extremamente seco, apresentando oscilações térmicas de áreas e variações de temperatura. Ao centro e a leste encontram-se numerosos oásis, que têm origem na umidade do subsolo, originando poços de água em torno dos quais crescia uma exuberante vegetação tornando possível a vida na região.
A Arábia pré-islâmica
Por diversas vezes os romanos estiveram às portas da Península Arábica, porém questionaram as vantagens de conquistar uma região tão inóspita e agreste, passando a figurar nos mapas de Roma apenas como a desconhecida província arábica.
As populações que habitavam a região central e setentrional eram de origem semita e encontravam-se divididas em numerosas tribos ou grupos. Os árabes do deserto, conhecidos por beduínos, eram nômades, de características bem diversas dos árabes do sul. Falavam árabe, idioma que acabou se impondo em toda a região.
A difícil sobrevivência levou-os ao cultivo de uma escassa agricultura de tâmaras e trigo, praticada nos oásis, à criação de rebanhos, às incursões e ao comércio de caravanas que souberam incrementar por toda a península. Os oásis e as cidades serviam-lhes de escala e de entrepostos de mercadorias, utilizando-se das razias para a conquista das melhores regiões.
Segundo alguns geógrafos e historiadores, a Arábia desértica do norte, “machucada por um sol abrasador”, contrastava com o sudoeste, região que se chamou de "Arábia Feliz" (Yemmen), destacando-se a cidade de Aden, entreposto de grande importância comercial nas relações com o Oriente.
A costa marítima era ocupada pelas tribos sedentarizadas que habitavam Meca e Yatreb (mais tarde “Medina”), as duas principais cidades, vivendo como comerciantes ou pequenos artífices, e exportando para o Ocidente o café, o incenso, as tâmaras e os perfumes. Afora o crescimento desse comércio internacional, também existiam relações mercantis com os árabes do deserto.
Nem os beduínos nem os árabes urbanos possuíam um governo centralizado, prevalecia a organização tribal, não eram raros os conflitos entre as tribos.
Apesar das diferenças culturais, contudo, todos os árabes eram da mesma raça e diziam-se descendentes de Abraão; a religião mostrava uma nítida influência do judaísmo, não apenas por sua proximidade com o "patriarca". Durante esse período, acreditavam em um deus supremo, Alá, porém não deixavam de adorar uma infinidade de deuses inferiores, os djins, e, através de imagens ou totens, continuavam a cultivar o politeísmo de seus ancestrais.
Cada tribo possuía seus próprios ídolos. Apesar de terem um santuário tribal, existia um comum a todos, que se encontrava em Meca, na Kaaba, onde estava depositada a Pedra Negra que, desde tempos imemoriais, se acredita ter sido trazida do céu pelo Arcanjo Gabriel, e todos os ídolos tribais.
Desde a época de Maomé os fiéis sempre rezaram ao redor da Kaaba, em Meca, capital do islamismo.
A importância de Meca não parava de crescer. Para lá fluíam as mais diversas tribos em busca da adoração da Pedra Negra e de seus deuses. Cada tribo trazia de seus lugares remotos produtos típicos que comercializavam a partir das sagradas orações, realizadas por meio de um ritual; porém, todas as transações comerciais eram controladas pela tribo dos coraixitas, uma quase aristocracia árabe.
Maomé e a epopéia de sua Fé
Meca não dispunha de uma organização ou instituições políticas, nem possuía um forte sentimento nacional. O principal personagem da mudança cultural, política e religiosa foi inquestionavelmente Maomé. Pertencente à família dos haxemitas, ramo pobre da poderosa tribo dos coraixitas; seu nascimento é estimado como ocorrido em torno do ano 570.
Muito cedo Maomé ficou órfão, passando a viver no deserto sob os cuidados de seu avô, onde aprendeu a conhecer a difícil vida dos beduínos e suas necessidades materiais e espirituais. Ainda jovem, retornou a Meca, tornando-se um excelente guia de caravanas, mantendo contatos com povos monoteístas, principalmente judeus e cristãos, de quem sofreu profundas influências religiosas. Aos 25 anos, Maomé casou-se com uma viúva rica, proprietária de camelos, chamada Khadidja. O casamento deu-lhe profunda estabilidade material, porém, como todos os profetas, sua vida está envolta em muitas lendas. Acredita-se que foi a partir daí que começou a formular os princípios de uma nova doutrina religiosa, iniciando um período de meditações e jejuns. Constantemente isolava-se no deserto buscando seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, a quem considerava um dos últimos profetas.
Foi durante suas andanças pelo deserto, durante tempos solitário numa caverna, que afirmou ter tido a visão do Arcanjo Gabriel, que o incumbira de ser o profeta de Alá. Maomé tinha 40 anos de idade e era dotado de enorme emotividade. Durante suas visões encontrava-se sempre em transe. Dedicou-se à pregação junto aos seus familiares, não se contentando com a vida economicamente tranqüila de que ora dispunha.
Após três anos, seguido por um pequeno grupo de fiéis convertidos à nova fé, Maomé começou a falar para os coraixitas em frente à Kaaba, pregando a destruição dos ídolos e afirmando a existência de um único Deus. As mudanças religiosas propostas pelo profeta acabaram por entrar em choque com os líderes coraixitas, pois a implantação do monoteísmo significaria a diminuição da peregrinação de fiéis a Meca, uma vez que Alá, não tendo forma física, estaria em toda parte.
Sentindo o perigo daquela subversão de idéias em torno do monoteísmo, temendo o esvaziamento de Meca como centro comercial de toda a Península Arábica, os coraixitas tentaram matá-lo. Alertado por alguns seguidores, Maomé fugiu de Meca para Yatreb, em 622, ficando este ato conhecido como Hégira, marco inicial do calendário muçulmano. Apesar de ter sido bem recebido por vários de seus seguidores em Yatreb, encontrou forte oposição dos judeus da cidade, que resistiram às tentativas de conversão, e foram assassinados em massa. Nesse momento, Maomé implantou um governo teocrático, transformando a cidade em sua base e mudando seu nome para Medina, a cidade do profeta.
Percebendo ser inútil a tentativa de conversão pacífica, Maomé optou pela Guerra Santa. Meca foi sitiada e obrigada a aceitar a volta do Profeta que, graças ao apoio dos beduínos, já convertidos, destruiu os ídolos da Kaaba, mantendo apenas um único elo de ligação entre as tribos: a Pedra Negra.
No ano 630, o Estado Árabe estava praticamente formado, unido em torno da bandeira do islamismo e de seu único chefe, Maomé, que assumia não apenas o poder político como também o religioso, iniciando-se, assim, um governo teocrático.
Acredita-se que o Profeta tenha subido aos céus numa nuvem a partir da Cúpula do Rochedo, em Jerusalém, no ano 632 d.C. No ocidente são comuns as referências à “morte de Maomé em 632 d.C. acometido de um mal súbito”, de todo o modo, a comunidade islâmica ficou mergulhada em grave crise. Todos os atos, editos e decisões estratégicas foram tomadas unicamente por Maomé, não havia orientação clara relativa a sucessão em sua ausência. Um Estado Teocrático, na falta do líder, sem um indicativo claro de forma sucessória, eis a raiz da crise.
Jerusalém: Lugar Sagrado de três grandes Fés
Cidade Santa para as 3 principais religiões monoteístas do mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo. Todas acreditam – de forma ligeiramente diferente, embora – no mesmo Deus que falou com Abraão, com Moisés, com Isaías e outros profetas, todos referidos no Alcorão como “o povo do Livro”.
Para os judeus é a Terra Prometida, o local em que pela primeira vez um Templo – o Templo de Salomão – foi construído diretamente por inspiração divina. Era como se o Grande Arquiteto pessoalmente ditasse cada detalhe da construção de seu Templo...
Para os cristãos é a Terra Santa em que Jesus de Nazaré pregou, peregrinou, foi supliciado na Cruz, ressuscitou e trouxe o Batismo com o Espírito Santo.
Para os muçulmanos, embora haja quase consenso sobre o falecimento do Profeta e seu sepultamento em Meca, Jerusalém é a Terra em que também Maomé pregou e em que se construiria, no exato local onde outrora ficava o Templo de Salomão, a mesquita de Al-Aqsa e, a partir da Cúpula do Rochedo, a fé popular acredita que Maomé subiu aos céus!
Saladino
Em 1174 morreu Amauri, rei de Jerusalém e Nur ed-Din, líder dos muçulmanos que tinha como seu lugar-tenente e homem de confiança um muçulmano Xiita nascido em Tikrit, Mesopotâmia, atual Iraque. Extremamente culto, religioso, habilidoso com as armas e cavalheiresco tornou-se famoso por seus feitos ao longo da história: Salah ed-Din Yousuf ibn-Ayyoun, conhecido como Saladino.
Em pouco tempo sua argúcia, seu legendário cavalheirismo, seu fervor religioso e suas inquestionáveis habilidades bélicas fizeram dele Sultão inconteste dos Muçulmanos de toda a vasta região que vai do Egito à Pérsia, liderando um exército de mais de 500 mil homens em armas.
Relatos acerca de seu cavalheirismo, de sua honra, de sua Fé e religiosidade, assim como da urbanidade com que tratava seus adversários chegaram rapidamente à Europa granjeando-lhe grande respeito. Todos percebiam estar diante de um temível adversário: um estadista excepcionalmente arguto e um comandante militar excepcionalmente competente.
Capaz a um só tempo de unir todos os muçulmanos e vencer as batalhas mais difíceis e complexas, foi seguramente o mais valoroso líder muçulmano desde Maomé.
Os Preceitos da Religião Muçulmana
O Cinco Pilares do Islã, segundo Roger Garaudy na Obra “Promessas do Islã”, publicada no Brasil pela Nova Fronteira em 1988, podem ser assim resumidos:
1. Profissão de Fé: “Existe um único Deus e Maomé é seu profeta”. Nenhuma outra divindade se não Deus: Maomé, seu mensageiro. O universo inteiro ganha assim um sentido, o absoluto revelando-se no relativo sob a forma de "sinais", de símbolos. A natureza e os homens, do mesmo modo que a palavra do Alcorão, eram uma aparição, uma manifestação de Deus. "Não há nada que não cante seus louvores, mas vocês não compreendem seu canto" (XVII, 44).
2. Oração: a prece é e a participação consciente do homem no canto de louvor que liga todas as criaturas ao seu criador. "Volte a si mesmo para encontrar toda a existência resumida em você.”
A prece integra o homem de fé a essa adoração universal: realizando-a, com o rosto voltado para Meca, todos os muçulmanos do mundo e todas as mesquitas cujo nicho do mirhab designa a direção da Kaaba são assim integrados, por círculos concêntricos, a essa vasta gravitação dos corações rumo ao seu centro.
A ablução ritual, antes da prece, simboliza o retorno no homem à pureza primitiva pela qual, rejeitando a si mesmo tudo o que pode macular a imagem de Deus, ele se torna seu perfeito espelho.
3. Jejum durante o mês sagrado do Ramadã. O jejum, interrupção voluntária do ritmo vital, afirmação da liberdade do homem em relação ao seu “eu” e aos seus desejos, e ao mesmo tempo lembrança da presença em nós mesmos daquele que tem fome, como de um outro eu mesmo que devo contribuir para tirar da miséria e da morte.
4. Zakat. Não é esmola, mas uma espécie de justiça interior institucionalizada, obrigatória, que torna efetiva a solidariedade dos homens da fé, isto é, daqueles que sabem vencer em si mesmos o egoísmo e a avareza. O zakat é a lembrança permanente de que toda riqueza, como tudo, pertence a Deus, e que o indivíduo não pode dispor dela à vontade, que cada homem é membro de uma comunidade.
5. A peregrinação a Meca, enfim, não apenas concretiza a realidade mundial da comunidade muçulmana, mas, dentro de cada peregrino, vivifica a viagem interior em direção ao centro de si mesmo.
O tema central do Islã, em todas as suas manifestações, é esse duplo movimento de fluxo do homem em direção a Deus e de refluxo de Deus em direção ao homem, sístole e diástole do coração muçulmano: “Na verdade, somos de Deus e a Ele retornamos” (II, 156)
Todos os preceitos que devem ser seguidos encontram-se reunidos no Alcorão (a grafia “Corão” também é considerada correta), livro sagrado escrito a partir das sínteses dos ensinamentos de Maomé. Trata-se de um livro com conotações nitidamente político-religiosas, assumindo o caráter de uma verdadeira constituição para o povo islâmico. Os feitos de Maomé foram reunidos por seus familiares em um livro denominado Suna, no qual se encontram as bases da tradição, formuladas a partir dos exemplos dados por Maomé durante sua vida. Destaca-se, entre os preceitos básicos da Suna, a Djihad. Por vezes mal compreendida, a Djihad ou Jihad, pode ser traduzida realmente como “Guerra Santa”. Segundo ainda Roger Garaudy, filósofo franco-argelino convertido ao islamismo, há duas grandes formas de se fazer a Guerra Santa preconizada pelo Profeta. Há a “Grande Jihad” ou luta contra o ego e a “Pequena Jihad” que é a busca de persuasão do infiel aos caminhos do Profeta. Seguindo ainda aquele autor, “idolatria é adorar como se fosse Deus algo que não é Deus”. Neste sentido, a egolatria é uma das formas mais condenáveis de idolatria e a Grande Jihad volta-se a dar combate a esta forma de idolatria. A “Pequena Jihad” busca, principalmente pela persuasão, mas à força se necessário, proteger o Islã e trazer novos crentes para o Islã.
A partir da existência de dois livros sagrados, o mundo muçulmano dividiu-se em dois grandes grupos: os xiitas, seguidores exclusivamente do Alcorão, que negam qualquer outra fonte de ensinamento; e os sunitas, que adotam como fonte de ensinamento, além do Alcorão, a Suna, coletânea de relatos acerca das práticas adotadas por Maomé e seus seguidores.
Breve cronologia:
570: nascimento de Maomé.
610: Maomé tem a primeira visão do arcanjo Gabriel.
622: Hégira - início do calendário muçulmano.
630: Maomé destrói os ídolos da Kaaba; nascimento do Islã.
632: Ascenção de Maomé aos céus a partir da Cúpula do Rochedo, em Jerusalém ou, segundo informes da historiografia ocidental, “morte de Maomé em Medina”.
Ordem dos Templários
A Ordem dos Templários nasceu em 1118, na cidade de Jerusalém, por iniciativa Hugh de Payens mais oito cavaleiros, todos de origem francesa. A Ordem dos Templários, cujo nome completo era Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, tornou-se, nos séculos seguintes, uma instituição de enorme poder político, militar e econômico. A sua divisa era: Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam, o que significa “Não a nós, Senhor, não a nós, dai a glória ao Vosso nome”. Inicialmente as suas funções limitavam-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa durante o movimento das Cruzadas, e visavam à proteção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados. Nas décadas seguintes, a Ordem se beneficiou de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente, o que mais tarde seria motivo para sua perdição...
Comprometeram-se a uma causa monástica e militar. Embora muitos Cavaleiros, naqueles tempos, lutassem por dinheiro, terra ou poder, os Templários faziam votos de pobreza e de castidade. Sua missão era principalmente a de proteger os peregrinos a caminho da Terra-Santa.
O Rei Balduíno II cedeu-lhes como abrigo o estábulo ao lado da mesquita de Al-Aqsa como quartel general. Este local supõe-se que era o exato local do Templo do Rei Salomão.
Os cavaleiros tomaram o estilo de vida das ordens monásticas fundadas no tríplice preceito: voto de pobreza, voto de castidade e voto de Obediência. E se auto-intitularam: Os Pobres cavaleiros de Cristo. Adotaram como símbolo dois cavaleiros em um só cavalo para mostrar sua pobreza – pois não tinham dinheiro para comprar um cavalo – e também seu companheirismo.
Também adotaram o nome do local onde se estabeleceram ficando então nomeada a ordem como: Pauperes Commilitones Christi Templique Salomonis (Os pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão) mas ficaram conhecidos como: os Cavaleiros Templários. (algumas vezes chamados de : Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, Ordem do Templo, etc.)
Como toda Ordem Religiosa, a Regra dos Templários, criada por São Bento de Núrsia, também era baseada nos três pontos básicos das instituições religiosas da época, ou seja: castidade, pobreza e obediência. Em geral eram originários de famílias abastadas. Mas só podia se tornar Cavaleiro propriamente dito o filho de um Nobre. Os cavaleiros tinham o direito de usar (não possuir) 3 cavalos, um escudeiro e duas tendas. Comparativamente, um cavaleiro bem montado e equipado, treinado e seguido pelo seu séqüito de escudeiros, tinha o poder equivalente a um tanque de Guerra Contemporâneo.
Havia uma parte religiosa propriamente dita, com Padres, Capelães, Diáconos, Bispos. E por causa da bula "Omne datum optimum", também só prestavam obediência ao Grão-Mestre da Ordem e ao Papa.
Relíquias
Eram também os protetores das relíquias sagradas. As relíquias eram restos de pessoas ou coisas consideradas sagradas e capazes de realizar milagres. Uma relíquia popular naquele tempo era um pedaço de madeira da “Verdadeira Cruz” - a cruz em que Jesus foi crucificado. Outra era a cabeça de S. João Batista, que foi decapitado após ter sido enfeitiçado pela sedutora dança de Salomé. Os povos na idade média tinham uma adoração desesperada por relíquias, que veneravam com admiração. Mas logicamente fraudes existiam. Um pândego da época disse que se e juntássemos todas as lascas de "cruzes de Cristo", haveria madeira suficiente para uma floresta inteira!
Os Templários tinham em sua posse ainda a coroa dos espinhos, tirada da cabeça de Cristo. Tiveram também o corpo da mártir Santa Eufémia de Chalcedon (julgava-se ter poderes de cura divinos), entre diversas outras relíquias.
A Ordem dos Hospitalários
A Ordem dos Hospitalários (ou Ordem de São João de Jerusalém) vem de uma tradição que começou como uma Ordem Beneditina fundada no século XI na Terra Santa, mas que rapidamente se tornaria uma Ordem militar cristã uma congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra. Face às derrotas e conseqüente perda desse território, a Ordem passou a operar a partir da ilha de Rodes, onde era soberana, e mais tarde desde Malta, como estado vassalo do Reino da Sicília.
Poder-se-ia afirmar que a extinção desta ordem se deu com a sua expulsão de Malta por Napoleão. No entanto, os mesmos cavaleiros iriam instalar-se na ilha de Malta, doada por Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico, adotando a designação de “Ordem de Malta”.
A Ordem Teutônica
A Ordem Teutônica (Em Alemão: Deutscher Orden; Em Latim: Ordo Domus Sanctæ Mariæ Theutonicorum) foi uma ordem militar cruzada, vinculada à Igreja Católica por votos religiosos, formada no final do século XII em Acre, na Palestina. Usavam vestes brancas com uma cruz negra.
Após a derrota das forças cristãs no Oriente Médio, os cavaleiros mudaram-se para a Transilvânia em 1211, a convite do Rei André II da Hungria, mas foram expulsos em 1225. Transferiram-se então para o norte da Polônia, onde criaram o Estado independente da Ordem Teutônica. A agressividade da Ordem ameaçava os países vizinhos, em especial o Reino da Polônia e o Grão-Ducado da Lituânia. Em 1410, na Batalha de Grunwald (Tannenberg), um exército combinado polaco-lituano derrotou a Ordem e pôs fim a seu poderio militar. O poder da Ordem continuou a declinar até 1525, quando seu Grão-Mestre, Alberto de Brandemburgo, converteu-se ao luteranismo e assumiu o título e os direitos de Duque hereditário da Prússia (embrião do Reino da Prússia, catalisador do futuro Império Alemão). O Grão-Mestrado foi então transferido para Mergentheim, de onde os Grão-Mestres continuavam a administrar as consideráveis posses da Ordem na Alemanha. Em 1809, quando Napoleão determinou a sua extinção, a Ordem perdeu as suas últimas propriedades seculares, mas logrou sobreviver até o presente. Atualmente, trabalha primordialmente com objetivos assistenciais.
Reinald de Châtillon
Não era um Cavaleiro Templário, mas mantinha afinidades com a Ordem e frequentemente participava de ações contra os muçulmanos, por quem nutria um ódio feroz e completamente irracional!
Transformou-se no principal inimigo público dos muçulmanos e um homem marcado para a morte por Saladino a partir de duas atitudes vis que tomou contra aquele povo.
Em 1182 Châtillon concebe um plano ardiloso: invadir Meca e roubar o corpo do Profeta Maomé para cobrar tributo de peregrinos que desejassem visitá-lo em sua fortaleza de Kerak.
Vencidos por tropas muçulmanas lideradas por Malik, irmão de Saladino, muitos foram feitos prisioneiros e outros escravizados.
Pouco tempo depois, liderou um ataque covarde a uma caravana muçulmana pacífica, desarmada, em peregrinação a Meca.
Tais episódios conduziram Saladino, líder dotado de elevado senso de honra e justiça a ver em Châtillon um criminoso ignominioso, sem honra ou senso de justiça, capaz das mas atrozes barbaridades movido por puro ódio.
Quando já próximo da queda de Jerusalém, o sucessor de Balduíno IV, agora Rei de Jerusalém Guy de Lusignan, foi aprisionado com um grande contingente de cruzados e Saladino teve a oportunidade de retribuir por todo o mal feito pelo vilão: ofertou água de rosas com gelo trazido das montanhas ao rei de Jerusalém e este passou a taça a Châtillon. As rígidas regras de hospitalidade muçulmana ditavam que, quem partilhasse da água, do pão ou do sal na mesma Tenda deveria ser poupado e alimentado. Repreendido, teve a taça tomada e Saladino ofereceu a ele a possibilidade de entregar-se ao Islã a fim de ser poupado. Châtillon, sempre arrogante, retrucou que era Saladino quem deveria entregar-se ao cristianismo a fim de evitar o fogo do inferno. A arrogância e intolerância de Châtillon foram superiores à cortesia do grande cavalheiro que era Saladino e este lhe decepou a cabeça com um só golpe de cimitarra.
A Guerra entre a França e a Inglaterra pelo domínio de Flandres
A sede de ouro de Filipe de Valois...
Há décadas a Inglaterra estabelecera uma “cabeça-de-ponte”, um domínio localizado sobre uma vasta e rica região da França fazendo com que o monarca mobilizasse vastos recursos para dar combate ao invasor. Após muitas derrotas humilhantes e um severo endividamento, Filipe de Valois viu-se obrigado a selar uma frágil trégua a peso de ouro.
Todos os expedientes lícitos e ilícitos por parte do Monarca foram utilizados para angariar fundos e recompor os cofres da corte francesa. Em primeiro lugar os mercadores lombardos residentes em Paris foram expropriados de seus bens através de multas, impostos, confiscos e, finalmente, foram expulsos da França! A seguir foi a vez dos judeus. Seus bens foram confiscados e também eles foram expulsos da França.
Outra medida violentamente impopular foi a desvalorização da moeda francesa em 200%! Em 1306 os franceses em geral e parisienses em particular se viram tão monstruosamente empobrecidos que se levantaram em rebelião contra Filipe de Valois e sua corte que, para resguardar suas vidas, refugiaram-se na maior fortificação Templária da cidade. No Templo, Filipe de Valois vislumbrou pela vez primeira todas as riquezas daqueles outrora “Pobres Cavaleiros de Cristo” e presume-se que tenha sido desta data a sua pretensão de apoderar-se do Tesouro dos Cavaleiros Templários.
O Templo, que serviu de refúgio a um monarca antipático a seu próprio povo veio a transformar-se mais tarde em presídio para os mesmos templários que o protegeram da turba enfurecida...
Clemente V e o Cativeiro de Avignon (1309 – 1377)
Bertrand de Got, arcebispo de Bordeaux (1297-1305), homem de estreita confiança de Filipe de Valois, foi eleito papa em 1305, como sucessor de Bento XI, após o longo conclave de Perúgia, como homem de consenso: sempre havia sido submisso ao papa Bonifácio VIII e também amigo do rei da França, Filipe, o Belo, inspirador do ultraje de Anagni. Adotou o nome de “Clemente V”.
O antecessor de Clemente V, o papa Bento XI, havendo desobedecido a ordens expressas do monarca Filipe de Valois (Filipe “O Belo”), foi atacado e sofreu uma tentativa de seqüestro de seu refúgio em Agnani a fim de ser conduzido à França para ser julgado por heresia. Bertrand de Got apoiou – segundo alguns Autores foi mesmo o inspirador – tal iniciativa...
Alegando que a cidade de Roma, dominada pelos conflitos entre as famílias nobres, não oferecia mais segurança ao papa, Clemente V, em 1309 foi, “a convite” de Filipe de Valois para Avignon, França, onde se fixou definitivamente. Nessa época tem início o chamado de “Cativeiro de Avignon” em lembrança do bíblico “Cativeiro Babilônico”.
Abjetamente subserviente ao monarca francês, foi coroado em Lyon na presença de Filipe, que sempre o dominou. A primeira conseqüência de sua fragilidade em relação ao rei da França foi a transferência da sede do papado de Roma para Avignon, início do chamado “Cativeiro de Avignon”. Atendendo aos insistentes pedidos de Filipe, Clemente canonizou o papa Celestino V e iniciou um processo contra o falecido papa Bonifácio VIII que, segundo as intenções do rei, deveria ter terminar com a sua condenação, o que não aconteceu em virtude da vigorosa atuação dos Cardeais. Segundo a Lei Canônica da Época, o cadáver de Bonifácio VIII deveria ser exumado e, se considerado efetivamente culpado de heresia, seria queimado na fogueira...
Foi um período difícil para a Igreja e teve como o pior fruto, a imagem de um papa não como um pai universal, e sim, uma espécie de capelão do rei da França. Foram sete papas franceses e também a maioria dos cardeais.
Além disso, para fazer frente à construção e manutenção da corte papal, aumentaram-se exageradamente os impostos e as taxas. Tudo era vendido a alto preço: nomeações, graças, indulgências e dispensas. Os ânimos católicos se distanciam da Cúria e surge sempre mais forte o grito: “A Igreja tem que ser reformada”. A autoridade do papa decaiu muito com o excesso de excomunhões, lançadas por motivos quase que exclusivamente políticos. Durante 20 anos toda a Alemanha ficou sob excomunhão. Em 1328 um patriarca, 5 arcebispos e 30 bispos foram excomungados. São João d’Ávila deplorava que nas paróquias, em cada festa, fossem anunciadas de 7 a 10 excomunhões.
As vozes que amavam a Igreja e Roma se faziam ouvir cada vez mais alto: “quer-se a liberdade da Igreja, a liberdade do Papa, um Papa universal.” Duas santas mulheres fizeram eco a essa necessidade universal: Brígida da Suécia e Catarina de Sena. Catarina, jovem, analfabeta, mística e santa, assumiu como vocação fazer o papa retornar a Roma. Escrevia-lhe até palavras duras: “Seja homem, paizinho! Não tenha medo”. Foi a Avignon e ali pôde constatar a corrupção da Cúria que ela dizia, “cheirar muito mal, com o mesmo mau cheiro de Roma”. Garantiu a segurança da transferência papal e, em 1367, Urbano V ingressou triunfalmente na Roma papal. Era tamanha a desordem na cidade, que o bom papa fugiu para a França. Seu sucessor, Gregório XI (1370-1378), retornou a Roma em 1377 e fez do Vaticano a residência papal oficial. Santa Catarina passou a viver em Roma e quase que diariamente ia ao Vaticano, rezar pelo Papa e pela Igreja.
Como não poderia deixar de acontecer, o Cativeiro de Avignon deu azo ao Grande Cisma do Ocidente, com dois papas católicos romanos, um em Roma e outro em Avignon excomungando-se mutuamente...
O Cisma do Ocidente (1378 – 1417)
Contra Urbano VI, papa legítimo, é eleito Clemente VII como antipapa residente em Avignon. Papas e antipapas se sucediam e se excomungavam, a ponto de se ter a impressão de que toda a cristandade estivesse excluída da Igreja. Foi o Grande Cisma, que fez a Igreja num certo período ter três papas! Os cristãos, e mesmo os sábios e santos, não tinham mais muita clareza sobre quem era o papa verdadeiro.
França, Espanha e Escócia reconheciam Clemente VII como papa legítimo; Itália, Inglaterra, Irlanda, Boêmia, Polônia, Hungria e Alemanha reconheciam Urbano VI. E os santos? Santa Catarina de Sena apoiava Urbano VI e chamava de demônios encarnados os eleitores de Clemente VII; já São Vicente Ferrer reconhecia como verdadeiro papa a Clemente VII. Certamente, para o povo, era mais difícil ter alguma certeza.
Para salvar a unidade da Igreja, alguns teólogos passaram a defender a Teoria Conciliar: os bispos reunidos em Concílio detêm o poder da Igreja, acima do Papa. No fundo, o que se queria era garantir a eleição de um único e legítimo papa e recuperar a unidade eclesial.
Somente o Concílio de Constança (1414-1418) conseguiu acabar com o Cisma, com a eleição unânime de Martinho V (1417-1431) após a renúncia do papa legítimo Gregório XII.
Conseqüências
Após tantos conflitos, divisões, papas sem visão pastoral e universal, não é de se estranhar que, aos olhos do povo cristão, uma Igreja nacional, controlada pelo poder do Estado, fosse a melhor solução. Isso aconteceu e foi uma das causas que explicou o sucesso da Reforma Protestante na Europa.
Na França, em 1438 se ratificou como lei estatal a Teoria Conciliar, a proibição de apelar para Roma como última instância, limitações dos direitos da Santa Sé nas nomeações para ofícios e benefícios na França. Somente em 1905, o Papa voltou a nomear os bispos franceses.
Na Alemanha, os príncipes usurparam a jurisdição eclesiástica em seus territórios com a imposição de taxas sobre os bens eclesiásticos. O sentimento anti-romano era muito forte, cunhando-se até a expressão “doutor em Roma, burro na Alemanha”.
Na Inglaterra, a descrença em relação a Roma se fortaleceu com o Cativeiro de Avignon: aos olhos dos ingleses o papa era instrumento do soberano francês contra quem a nação inglesa se empenhou em longa e violenta luta. Vários decretos do século XIV negam ao papa o direito de nomeação para os ofícios eclesiásticos ingleses, proíbem o apelo a Roma e a introdução das Bulas papais. De fato, a Igreja inglesa era independente de Roma.
Na Espanha, a unidade religiosa foi considerada básica para a unidade nacional. Em 1478 nasceu a Inquisição Espanhola sob controle estatal. Em 1492, com a reconquista dos domínios muçulmanos – o reino de Granada – ao sul da Península Ibérica e a conquista da América, Portugal e Espanha adquirem o direito do Padroado, pelo qual assumiram o governo da Igreja.
Esses fatos podem explicar, em parte, o porquê da tragédia religiosa do século XVI, quando um frade reformador, Martinho Lutero, provocou a divisão religiosa e política da Europa cristã. Séculos de relaxamento pastoral no coração da Igreja Romana afastaram numerosos povos e nações. Lutero simbolizou, com seu gesto, as numerosas gerações que clamavam pela reforma da Igreja.
1307 – A violenta ganância de Filipe de Valois, a subserviência abjeta de Clemente V e o Ataque insano aos Templários
O monarca francês e seu papa marionete fizeram chegar ao conhecimento dos Grãos-Mestres do Templo e do Hospital que planejavam uma nova Cruzada contra os muçulmanos utilizando-se das forças conjuntas das duas Ordens Bélico-religiosas ainda em ação, devendo elas fundir-se numa nova Ordem sob o comando dos Hospitalários.
Convidados a Poitiers, nas imediações de Paris, Jacques de Molay, Grão-Mestre do Templo e Foulques de Villaret, Grão-Mestre dos Hospitalários, deveriam apresentar-se a 1º de novembro de 1306, Dia de Todos os Santos. Jacques de Molay, de posse de um plano detalhado para uma nova cruzada e um arrazoado detalhado acerca da inconveniência da fusão entre as duas Ordens religiosas e militares, chegou ao encontro com vasta antecedência. Foulques de Villaret, atrasou-se à reunião, dela se retirando na primeira oportunidade. Jacques de Molay ficou sozinho: uma ovelha em meio a lobos, hienas e chacais...
Por volta do dia 20 de setembro de 1307 Filipe de Valois enviou cartas lacradas a todos os senescais do reino com ordens expressas de que somente fossem abertas na noite de quinta-feira 12 de outubro. O falecimento de Charles de Valois, irmão de Filipe, determinou uma viagem do Grão-Mestre Jacques de Molay que, sem nada desconfiar, ocupou lugar de destaque nas exéquias sendo mesmo um dos que carregaram o esquife do príncipe falecido no próprio dia 12 de outubro, véspera de sua captura...
Quando as cartas foram simultaneamente abertas, a ordem expressa do rei resumia-se em: “os Templários são acusados de graves heresias e crimes devendo ser todos aprisionados e postos a ferros na madrugada de sexta-feira 13 de outubro de 1307”. Data daí a crença de que toda a sexta-feira 13 é um dia aziago.
Estarrecidos, os Templários pouco ou nada ofereceram em termos de resistência entregando-se aos soldados do Rei sem entender as acusações mas acreditando firmemente poder comprovar sua inocência.
Relata-se que, por mais que todo o procedimento tenha sido mantido em rigoroso sigilo, 3 carroças carregadas com o que provavelmente seria o tesouro dos Templários saíram do Templo em Paris em direção a local incerto e jamais se soube o paradeiro daquele tesouro. Sabe-se que, em função de suas atividades de proteção a peregrinos em direção à Terra Santa, os Templários dispunham de uma grande frota de navios que, misteriosamente desapareceram das costas da França. Muito se especulou: teriam ido para a Escócia, aonde a influência de Filipe de Valois e Bertrand de Got não chegava? O que é ainda motivo de pesquisa é o paradeiro do Tesouro dos Templários e de seus navios misteriosamente desaparecidos.
Extração de confissões e execuções
Os calabouços eram locais extremamente úmidos, insalubres, desconfortáveis, criados para quebrar a vontade dos prisioneiros, acorrentados durante todo o tempo. A estas aflições acrescentou-se uma série de outras práticas comuns na França embora proibidas em outros países civilizados: a tortura sistemática. Contra os Templários aprisionados utilizavam-se a torquês (arrancava-se a panturrilha com uma torquês afiada e nela se despejava chumbo derretido), a Roda (esta era planejada para esticar tanto o corpo da vítima que muitos vieram a óbito), as surras e chibatadas e tormentos indescritíveis que somente cessavam diante da confissão do que o Rei e seu papa fantoche haviam estipulado. Os templários deveriam confessar, entre outras coisas absurdamente estapafúrdias que:
_ Praticavam sistematicamente a sodomia, o homossexualismo (heresia, prática antinatural e crime hediondo)
_ Adoravam uma cabeça mumificada ou um ídolo demoníaco cognominado de Baphomet.
_ Em seus rituais de Iniciação eram obrigados a renegar o Cristo e cuspir na Cruz.
O que mais causou espanto à opinião pública foi o fato de tantos homens pios, devotados a dedicar sua vida à causa de Cristo, em sua maioria originária de famílias nobres estivesse envolvida em tais práticas inverossímeis sem que em décadas ninguém emitisse qualquer palavra sobre tais heresias antes que fossem violentamente torturados.
Nos anos que se seguiram, a ordem foi sendo quebrada em vários países. Na Espanha e Portugal, continuou ativa na guerra contra os muçulmanos, Foi fundada por D.Dinis de Portugal, a Ordem de Cristo, que era a mesma coisa, mas com outro nome. Posteriormente já no século XV Infante D.Henrique se torna Grão-Mestre da Ordem de Cristo e inicia as Grandes Navegações Portuguesas. Na Alemanha, os Templários desafiaram a todos para provar sua inocência. Na Inglaterra as torturas eram legalmente proibidas. Embora tenha ocorrido uma única execução de um Cavaleiro Templário em solo inglês pela Santa Inquisição, jamais se ouviu de qualquer deles confissão alguma dos delitos que lhes eram imputados.
Na Escócia a bula Papal nunca foi lida e nenhuma prisão foi feita. Mais tarde seriam uma das influências de uma nova Ordem que surgiria junto as sociedades dos pedreiros-livres (os mesmos que construíram as catedrais góticas com base nos aprendizados da Construção do Templo de Salomão). Há fortíssimos indícios que, desta união entre os Templários e as Guildas de Pedreiros Medievais formaram a base do que viria a ser a Maçonaria. Naturalmente, com o passar dos anos, todos os que tinham justos motivos para ocultar-se dos rigores da Igreja juntaram-se aos Maçons (Rosacruzes, Alquimistas, Pitagóricos, Órficos, Astrólogos, Cabalistas...)
De 1307 a 1314 o Grão-Mestre Jacques de Molay além de preceptores da Ordem como Hugo de Piraud e Godofredo de Charney permaneceram encarcerados e submetidos às mais hediondas formas de tortura.
Jacques de Molay contava 70 anos de idade quando, a 18 de março de 1314 foi amarrado a uma estaca numa ilha remota do rio Sena em companhia de seus companheiros de cela. Protestando inocência até o último momento, as últimas palavras do último Grão-Mestre do Templo ainda ecoam através do tempo:
“Senhor,
Permiti-nos refletir sobre os tormentos que a iniqüidade e a crueldade nos fazem suportar. Perdoai, ó meu Deus, as calúnias que trouxeram a destruição à Ordem da qual Vossa Providência me estabeleceu chefe. Permiti que um dia o mundo, esclarecido, conheça melhor os que se esforçam em viver para Vós. Nós esperamos, da Vossa Bondade, a recompensa dos tormentos e da morte que sofremos para gozar da Vossa Divina Presença nas moradas bem-aventuradas.
Vós, que nos vedes prontos a perecer nas chamas, vós julgareis nossa inocência.
Intimo o papa Clemente V em quarenta dias e Felipe o Belo em um ano, a comparecerem diante do legítimo e terrível trono de Deus para prestarem conta do sangue que injusta e cruelmente derramaram.”
Seja como for, Bertrand de Got (Clemente V) efetivamente faleceu 40 dias depois da Intimação do Grão-Mestre e Filipe de Valois (“O Belo”) em um ano também morreu, causando grande impressão a todos quantos testemunharam as palavras finais do Grão-Mestre do Templo.
Relembremos que a época era cultuadora de relíquias e que os assistentes da execução colheram restos mortais dos mártires executados usando-as como autênticas relíquias...
O Julgamento da História
De tudo o que aconteceu nos eventos daquele tempo sombrio fica clara a crueldade de Filipe de Valois, que não se detinha diante de nada para levar a cabo seus intentos maliciosos.
O uso sistemático da tortura priva o ser humano da Razão e, tal como ficou provado durante os períodos de tortura por que a humanidade tem passado (do Império Romano à Ditadura Militar Brasileira) o supliciado confessa o que quer que o torturador queira ouvir ou implante em sua mente.
Diante da legislação internacional o uso da tortura para obtenção de confissões não é admissível: o supliciado confessa qualquer coisa que o torturador queira ouvir!
Havendo sobreviventes dos Templários e de seus pensamentos e ensinamentos em vários pontos do mundo aonde não chegava a autoridade de Filipe de Valois ou de Bertrand de Got encontram-se seres humanos honrados, nobres, cavalheirescos e, como já se enfatizou mais de uma vez, um dos mais poderosos pilares de sustentação ou mesmo formação da Maçonaria como a conhecemos hoje.
O nome do último Grão-Mestre dos Templários, Jacques de Molay, é hoje lembrado com carinho e respeito por jovens de todo o mundo na Ordem que recebeu o seu nome, suprema justiça histórica!
Hugo de Payns 1119 – 1136
Roberto de Craon 1137 – 1149
Everardo de Barres 1149 – 1152
Bernardo de Trémélay 1152 – 1153
André de Montbard 1153 – 1156
Bertrand de Blanquefort 1156 – 1169
Filipe de Nablus 1169 – 1171
Arnold de Torroja 1180 – 1184
Gérard de Ridefort 1185 – 1189
Robert de Sablé 1191 – 1193
Gilberto Erail 1194 – 1200
Filipe de Plessiez 1201 – 1209
Guilherme de Chartres 1210 – 1232
Pedro de Montaigu 1219 – 1232
Armando de Périgord 1232 – 1244
Ricardo de Bures 1244 – 1247
Guilherme de Sonnac 1247 – 1250
Reinaldo de Vichiers 1250 – 1256
Tomás Bérard 1256 – 1273
Guilherme de Beaujeu 1273 – 1291
Teobaldo Gaudin 1291 – 1293
Jacques de Molay 1293 – 1314
HISTÓRIA DA ORDEM DO TEMPLO
A Ordem Cavaleiros Templários existiu com esta denominação durante um período de 200 anos e ainda existem com outro nome, ainda mais outras ordens seguem a grande piramide com muitos dos ensinamentos da ordem como a maçonaria. Sua origem remonta a um Grupo de 9 Cavaleiros, pertencentes a ordem do Priorado de Sion, que decidiram defender a Terra Santa dos Sarracenos e buscar os segredos que poderiam existir sob as ruínas do Templo de Salomão, e transformou-se mais tarde, na maior e mais poderosa organização secreta da história. Estes monges guerreiros possuíam muitos tesouros religiosos fabulosos incluindo, assim se dizia, a coroa dos espinhos desgastados por Jesus, e eram os guardas daquele que para a maioria seria a maior relíquia Cristã, o Santo Graal. Para escaparem à perseguição movida pelo rei Filipe da França (O Belo), o tesouro dos Templários e sua enorme frota atracada em La Rochelle simplesmente desapareceram. Até hoje, o seu "tesouro" nunca foi encontrado. Alguns historiadores sugerem um grande segredo misterioso que para uns é seu relacionamento com o Graal, e para outros pode ter sido um conhecimento particular que, se revelado, punha em causa a nossa visão do próprio fundamentalismo Cristão. O fim dos Templários foi anunciado com a execução do seu o último mestre, Jacques de Molay, que foi queimado vivo em Paris em 1314. Mas alguns historiadores acreditam que mudou simplesmente seu nome e continuou anônimo. O grande explorador português Vasco da Gama viajou com as insígnias transversais dos Templários nas sua velas, como Cristóvão Colombo. A evidência sugere mesmo que os Templários conheciam a América antes de Colombo. Existem aqueles que mantêm a convicção que a Ordem dos Templários se encontra ainda hoje em existência, ainda que sob um outro nome.
Quando as notícias de sucesso por parte dos cruzados chegavam à Europa houve uma grande exaltação. Dos locais mais remotos do continente, peregrinos punham-se em marcha rumo à Terra Santa esperando ver a cidade onde tantos episódios da vida de Jesus Cristo se tinham desenrolado.Um reino Cristão tinha sido rapidamente estabelecido para delinear os territórios conquistados durante a primeira Cruzada. Mas não trouxe a paz para a região. Os Cristãos continuavam cercados por estados Islâmicos hostis. Duas novas Ordens militares surgiram com a Igreja, centradas em Jerusalém. Uma das quais os Hospitalários - Cavaleiros de S. João - cujo objetivo pacífico original se inclinou para os doentes e feridos em Outremer. As ambulâncias atuais de S. João descendem diretamente da Ordem dos Cavaleiros Hospitalários. O objetivo consideravelmente mais perigoso de proteger os peregrinos dos ataques Sarracenos era levada a cabo por Hugues de Payen, um nobre Francês que chegou quando da primeira cruzada. Em 1119, de Payen oferecia os seus humildes serviços ao primeiro rei de Jerusalém Baldwin I. Ele, juntamente com mais oito colegas cavaleiros, devotaram-se a policiar as rotas usadas pelos peregrinos, Baldwin estava tão impressionado com os seus esforços que lhes ofereceu a mesquita de Al-Aqsa. E esta mesquita tinha sido construída num sítio que antes fora ocupado pelo próprio Templo Sagrado de Salomão. Consequentemente, foi esse o nome que Hugues de Payen deu à nova Ordem. Desde o seu humilde início, os Cavaleiros Templários sobre a sua orientação tornaram-se numa organização disciplinada de profissionais de elevada destreza, com uma eficiente estrutura de comando. Enquanto a Ordem era pequena, todos os cavaleiros obedeciam a um único Mestre. Posteriormente, outros passos foram dados na criação de uma hierarquia, com papéis mais específicos. Para cada Cavaleiro no terreno, havia ao lado deste dois ou três "sargentos". Estes eram homens que ainda não tinham um compromisso definitivamente firmado com os Templários. Usavam uma cobertura lisa de cor branca - posteriormente adornada com a famosa cruz vermelha - que significava a sua pureza e dedicação. Em campanha, os templários nos seus cavalos de guerra usavam armaduras de malha metálica. De regresso a casa, os Cavaleiros Templários recebiam o apoio do mais poderoso professor de moral da Europa desse tempo. Os representantes da ordem foram enviados através da Europa numa campanha para angariar donativos para a causa. Poucos se aperceberam o quão fácil isso se iria tornar. A tarefa dos Templários tornou-se famosa através da Europa. Eram vistos como nobres guerreiros defensores da Terra Santa dos odiosos Sarracenos. A sua lendária bravura era tipificada num outro voto - eram expressamente proibidos de se retirarem do campo de batalha a não ser que a inferioridade numérica fosse de três para um. Os Templários juntavam fortunas, tanto em ouro como em propriedades. Muito antes de lhes terem sido dadas propriedades em França, Espanha, Portugal e Inglaterra, com pedaços consideráveis na Escócia, Áustria, Hungria, Alemanha e no Norte de Itália. Como muitos esperavam, com tamanha acumulação de riqueza e poder, a nova Ordem tinha os seus críticos. A sua honestidade e integridade eram contudo inquestionáveis. E eram o melhores guerreiros no reino. Ambas qualidades ideais para transportarem dinheiro dentro do reino. Eram, de fato, o 'carro blindado' medieval. Eram também os coletores de impostos perfeitos. Ninguém se atrevia a enfrentar um Cavaleiro do Templo. Respeitava, contudo as insígnias do estandarte de batalha dos Templários - uma cruz vermelha de oito pontas num fundo branco. A sua participação na política era uma extensão natural do seu envolvimento nos casos financeiros das casas nobres e reais da Europa. Outros trabalhos sérios da história perpetuaram também esta lenda dos Templários. Jacques de Molay amaldiçoou o rei Francês e o Papa antes de ser queimado na fogueira. Uma vez que a sua praga estava de encontro a figuras ditatoriais da autoridade, ressuscitou na altura da Revolução Francesa. Quando os súditos praguejavam em relação ao senhorios aristocráticos, dispunham o rei Luis XVI à morte. Isto foi visto por muitos como o preenchimento final da praga dos Molays. Luis foi o último rei a governar a França desde então. Os Templários Portugueses mudaram simplesmente o seu nome - como um negócio moderno muda o nome a fim de evitar débitos precedentes. Tornaram-se nos Cavaleiros de Cristo, posteriormente famosos pelas suas explorações na África e nas Índias ocidentais. O famoso rei D. Henrique o Navegador era um grande mestre da Ordem, e exploradores como Vasco da Gama eram membros. O sogro de Cristóvão Colombo era um Grande Mestre, e Colombo navegou através do Atlântico com a familiar cruz dos Templários brasonada nas suas velas. A Ordem de Cristo sobreviveu até 1830. Mais misterioso foi o destino do Templários ingleses, escoceses e irlandeses, se a Escócia foi o destino final destes cavaleiros, juntamente com a sua frota e possivelmente o seu tesouro, o que aconteceu com eles? Sem dúvida, muitos deles com o passar dos anos pura e simplesmente esqueceram os seus passados de cavaleiros. Outros, entretanto, podem ter ajudado a fundar a Maçonaria. A organização semi secreta, que permeia a sociedade em todos os níveis hoje, reconhece explicitamente uma linhagem direta dos Cavaleiros Templários. A Escócia era um dos lugares principais onde um tipo particular da Maçonaria - Templária nos seus mitos e rituais; mística em toda a sua orientação primeiramente despertou e floresceu. A Maçonaria só foi fundada formalmente em meados do século XVII. Mas no final do século XVII o visconde de Dundee era ainda o Grande Mestre dos Templários na Escócia. Além disso, no final do século XVI, havia ainda 500 registos de propriedades pertencentes aos Templários. Parece assim que os Templários e os Hospitalários se fundiram na Escócia. E também sabemos ao certo que os Hospitalários sobreviveram, porque estão entre nós ainda hoje como os Cavaleiros de Malta e da Brigada da Ambulâncias de S. João. Mas é ainda possível que haja hoje em dia pessoas que estejam na posse das tradições e dos segredos dos Templários. Não circulam com armadura de cavaleiro. Não registam qualquer diferença em relação aos cidadãos anônimos. Muitos podem ser maçons do Rito Escosses Antigo e Aceito (Rito Judeu), ou podem pertencer a alguma casta mais esotérica, encontrando-se talvez uma vez por mês para praticarem reuniões ritualísticas. Talvez estejam à espera de uma época em que a cristandade necessite uma vez mais ser defendida de uma ameaça exterior, e que a verdade possa ser finalmente exposta.
A HISTORIA DA ORDEM CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, também conhecida como Ordem do Templo, foi fundada no ano de 1118. O objetivo dos cavaleiros templários era proteger os peregrinos em seu caminho para a Terra Santa. Eles receberam como área para sua sede o território que corresponde ao Templo de Salomão, em Jerusalém, e daí a origem do nome da Ordem.
Segundo a história, os Cavaleiros tornaram-se poderosos e ricos, mais que os soberanos da época. Segundo a lenda eles teriam encontrado no território que receberam documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Segundo alguns, eles ficaram com a tutela do Santo Graal, o cálice onde foi coletado o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que foi usado na última ceia.
Em 13 de outubro de 1307, sob as ordens de Felipe, o Belo (grande devedor de dinheiro para a Ordem) e com o apoio do Papa Clemente V, os cavaleiros foram presos, torturados e condenados a fogueira, acusados de diversas heresias.
A Igreja acusava os templários de adorar o diabo na figura de uma caveira que eles chamavam Baphomet, de cuspir na cruz, e de praticar rituais de cunho sexual, inclusive práticas homossexuais (embasado no símbolo da Ordem, que era representado por dois Cavaleiros usando o mesmo cavalo). O Baphomet tornou-se o bode expiatório da condenação da Ordem pela Igreja Católica e da matança de templários na fogueira .
ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
HISTÓRIA
Criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por cavaleiros de origem francesa, a Ordem dos Templários tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico. Inicialmente suas funções limitavam-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem se beneficiou de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influência em todo o continente.
Criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por cavaleiros de origem francesa, a Ordem dos Templários tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e econômico. Inicialmente suas funções limitavam-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa durante o movimento das Cruzadas. Nas décadas seguintes, a Ordem se beneficiou de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influência em todo o continente.
Com a tomada de Jerusalém pela primeira cruzada e o surgimento de um reino cristão, nove cavaleiros que dela participaram, pediram autorização para permanecer na cidade e proteger os peregrinos que para lá se dirigiam. Passaram então a viver nos estábulos do antigo Templo de Salomão, em Jerusalém.
Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e de castidade. O seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em decorrência do local de sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo, surgiu o nome da Ordem: Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, ou simplesmente Cavaleiros Templários.
Segundo a lenda, nos primeiros nove anos de existência, eles se dedicaram a escavações feitas em sua sede. E nestas escavações, eles encontraram documentos e tesouros que os tornaram poderosos. Convém ressaltar que o Templo de Salomão era o local mais santo dos Judeus e era riquíssimo. Antes do segundo templo ser destruído pelos romanos, em represália a um levante judeu contra o poder de Roma, os sacerdotes teriam enterrado grande parte da riqueza como forma de evitar que fossem tomadas pelas legiões.
A história também diz que eles ficaram com a tutela do Santo Graal, o cálice onde foi coletado o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que foi usado na última ceia.
Graças ao empenho deles na defesa da Cristandade, ao heroísmo e à coragem demonstrados em inúmeras batalhas, e devido à absoluta conduta correta adotada, os locais que guardavam tornaram-se locais extremamente seguros e qualquer recinto protegido pela cruz da Ordem aparecia como se fora um oásis. Um lugar protegido pelo Senhor.
Era tal a confiança que despertavam que não tardou para que suas instalações se transformassem em estabelecimentos bancários, ainda que informais, fazendo deles entre os séculos XII e XIII, os principais fornecedores de crédito a quem os poderosos da época recorriam. Assim foi que se gerou a lenda da fortuna fabulosa do Tesouro dos Templários. Valentes até a temeridade e depositários de imensas fortunas, foram alvos da cobiça do Rei Felipe, o Belo, da França, que premido por necessidade de dinheiro, em conseqüência das incessantes guerras que movia aos seus vizinhos e temeroso do poderio dos Cavaleiros Templários, resolveu apoderar-se dos bens da Ordem.
Acusados de heresia perante a inquisição, os Templários foram denunciados por possuírem um esoterismo particular, sendo caluniados, espoliados e martirizados, retiraram-se para a Escócia, Inglaterra e Portugal, onde se juntaram à Maçonaria.
Hoje os Templários estão espalhados por todos os países onde dedicam suas atividades em prol do bem estar e moral da civilização e do progresso do ser humano de forma integral, como ajuda a orfanatos, amparo à velhice e às crianças desamparadas, oferecendo estímulo moral e material aos cientistas e estudiosos. Sendo uma ordem ecumênica, não faz distinção de raça, credo, nacionalidade, religião e de estirpe. Respeitando as leis e as tradições de todos os povos nos países onde estendem suas atividades.
PROPÓSITO
O propósito da Ordem dos Cavaleiros Templários é fazer diferença nas vidas das pessoas. Os estudos que serão obtidos através desta instituição é o resultado do trabalho de inúmeras pessoas que vivem para doar e servir; sejam estudiosos, pesquisadores,cientistas, professores, profissionais liberais, e outros. Todos buscam incansavelmente mecanismos e formas para levar até seus membros conhecimento, informações e experiências de vida que possam ajudá-los no processo contínuo de evolução em todos os sentidos da vida: espiritual, social, material, emocional, profissional e afetivo.
Mas o trabalho de todas estas pessoas só terá sentido se fizer diferença na sua vida. Não basta ter conhecimento, tem que ter ação. É preciso também fazer pelos outros. As dádivas das boas ações são maiores do que possamos imaginar.
Todos os membros desta Ordem desejam que a sua busca pela excelência humana possa ser frutífera e eterna. Que você possa se dedicar a conquistar as metas que estabeleceu, estabelecer outras e sonhar sonhos maiores que antes. Que além de aproveitar esta terra e suas riquezas, que possa também torná-la um lugar melhor para viver. Que usufrua o que puder desta vida, mas também ame e doe generosamente.
“Possa a estrada levantar-se para encontrá-lo. Possa o vento estar sempre às suas costas. Possa o sol brilhar quente em seu rosto, as chuvas caírem macias em seus campos, e até que nos encontremos outra vez… possa Deus tê-lo mansamente na palma de Sua Mão”.
O PRIORADO DE SIÃO
O Priorado de Sião foi declarado legalmente como uma associação francesa a 20 de Julho de 1956. O pedido de autorização de constituição foi efectuado a 7 de Maio de 1956, na Sub-Prefeitura de Polícia de Saint-Julien-en-Genevois (Alta Sabóia), mediante uma carta assinada pelos quatro fundadores: Pierre Plantard, André Bonhomme, Jean Deleaval e Armand Defago. A sede social estava estabelecida na casa de Plantard, em Sous-Cassan, Annemasse, na Alta Sabóia.
Segundo Pierre Plantard, o principal fundador do Priorado de Sião , esta sociedade teria contado entre os seus membros com um grande número de personagens da História mais ou menos ligadas ao ocultismo e às artes e ciências, incluindo Nicolas Flamel, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Claude Debussy, Botticelli, Victor Hugo, Charles Nodier, Jean Cocteau, etc. Segundo Plantard, o Priorado era a organização que agira nos bastidores por detrás de outras organizações como os Templários, os Rosa-cruzes e os franco-maçons. De acordo com Lincoln, Baigent e Leigh, o Santo Graal seria o "sangue real" de Cristo (os autores sugerem como hipótese que a palavra "Saint Graal" seja lida como "sang real"), ou seja, a linhagem dos seus hipotéticos descendentes. Nas temáticas do Priorado, maioritariamente compostas por Plantard e Chérisey durante os anos sessenta e setenta, encontram-se também envolvidos outros temas e personagens históricos como a Alquimia, o padre Bérenger Saunière e a lenda do tesouro de Rennes-le-Château, o pintor Nicolas Poussin, o cruzado Godofredo de Bulhão, o Papa João XXIII e outros.
Segundo Plantard, os Cavaleiros Templários e o Priorado de Sião seriam duas facetas de uma mesma organização: a primeira pública e a última secreta. Plantard afirmava que a Igreja Católica tinha traído os Merovíngios ao legitimar a dinastia carolíngia. Segundo Plantard, o Priorado teria como missão proteger os descendentes da dinastia merovíngia, organizando-se contra a Igreja Católica.
Segundo Plantard, em 1188 o Priorado de Sião ter-se-ia separado dos Templários, passando a operar às escondidas (Plantard chamou a esta separação "corte do olmo"), tornando-se uma "sociedade secreta" da elite, enquanto os Templários foram violentamente atacados pelo rei francês Filipe IV, o Belo e pelo Papa Clemente V.
O QUE É PRIORADO DE SIÃO?
O PRIORADO DE SIÃO
Esta secção inicia-se com o esclarecimento de que a organização que aqui se chama Priorado de Sião, é a organização francesa de seu nome original Prieuré de Sion, ou como também tem sido frequentemente chamada nos meios da lusofonia brasileira, Monastério de Sião. Antes de percorrer os complicados passos da ideologia de Plantard e do seu Priorado, convém obter um pouco de perspectiva, e procurar vislumbrar um panorama global deste fenómeno. As questões são tantas, que é difícil saber por onde começar... O que é o Priorado de Sião? Porquê este nome? Como foi criado? Onde foram os fundadores do Priorado buscar as suas ideias? Que quer o Priorado? As suas ambições são legítimas? Quem faz parte do Priorado? Quais são as suas actividades correntes? Após obtida alguma perspectiva com a leitura de respostas sucintas a estas questões, serão analisados os assuntos e os factos cruciais para a compreensão desta organização, bem como para a compreensão do seu envolvimento no mistério de Rennes, e da sua responsabilidade na criação desta verdadeira mitologia moderna. No final, daremo-nos melhor conta do esforço e da erudição que foi necessária para a construção deste impressionante puzzle surrealista de mentiras e meias verdades. Antes de entrar imediatamente no assunto, vejamos algumas questões-chave: O que é o Priorado de Sião? É uma falsa questão, visto que o Priorado de Sião já foi muitas coisas nas mãos do seu criador Pierre Plantard. Hoje em dia, admiradores franceses, britânicos e americanos de Pierre Plantard pertencem a neo-Priorados, cuja legitimidade é já nula porque não foram criados pela vontade do fundador Pierre Plantard. Como começou o Priorado de Sião? Começou como uma associação declarada legalmente (de acordo com a lei francesa de 1901) a 20 de Julho de 1956. O pedido de autorização de constituição foi efectuado a 7 de Maio de 1956, na Sub-Prefeitura de Polícia de Saint-Julien-en-Genevois (Alta Sabóia), mediante uma carta assinada pelos quatro fundadores: Pierre Plantard, André Bonhomme, Jean Deleaval e Armand Defago. A sede social estava estabelecida na casa de Plantard, em Sous-Cassan, Annemasse, na Alta Sabóia. O texto de constituição, conforme consta no Journal Officiel, número 167, segundo Pierre Jarnac, é o seguinte: "25 juin 1956. Déclaration à la sous-préfecture de Saint-Julien-en-Genevois. Prieuré de Sion. But: études et entr'aide des membres. Siège social: Sous-Cassan, Annemasse (Haute-Savoie).". O objecto era: "La constitution d'un ordre catholique, destiné à restituer sous une forme moderne, en lui conservant sont caractère traditionaliste, l'antique chevalier, qui fut, par son action, la promotrice d'un idéal hautement moralisateur et élément d'une amélioration constante des règles de vie de la personnalité humaine", ou seja, "A constituição de uma ordem católica, destinada a restituir numa forma moderna, conservando o seu carácter tradicionalista, o antigo cavaleiro, que foi, pela sua acção, a promotora de um ideal altamente moralizante e elemento de um melhoramento constante das regras de vida da personalidade humana". Porquê este nome? Plantard era um admirador incondicional de Paul Lecour, o fundador da revista Atlantis. Em vários artigos, Lecour tinha tentado incentivar a juventude cristã francesa a recuperar os ideais da cavalaria, sugerindo que se criassem grupos aos quais ele dava o nome de "Prieurés", ou "priorados". Plantard seguiu esta sugestão! O nome "Sion" (ou "Sião") foi escolhido devido à proximidade geográfica da casa de Plantard em Sous-Cassan (Annemasse) com a colina de Mont-Sion. Pierre Plantard, a partir de 1960, desviou a postura originalmente política do Priorado para uma postura mais mítica e mística, muito provavelmente numa iniciativa solitária e independente dos fundadores originais do Priorado. É a partir desta altura que ele começa a propagar que o Priorado teria tido origem em Jerusalém no século XI (1099). Ora em Jerusalém existe o monte Sião, o que ajudou à mistificação de Plantard. Contudo, a sede do Priorado foi sempre na casa do próprio Plantard, onde ele morava com a mãe, o que evidencia a dimensão reduzidíssima, e por vezes puramente "solista" desta organização, que nunca teve um número relevante de membros para além de Plantard, e de alguns amigos, como Phillipe de Chérisey e André Bonhomme (este último apenas no Priorado original, até 1960 - André Bonhomme não participou na versão mítico-mística do Priorado pós-1960). Qual é o significado do sub-título C.I.R.C.U.I.T.? Chevalerie d'Institution et Règle Catholique & d'Union Indépendante Traditionaliste. Ou "Cavalaria de Instituição e Regra Católica e de União Independente Tradicionalista". "CIRCUIT" era também o nome da publicação panfletária original do Priorado de Sião, editada em Annemasse, cujo primeiro número data de 27 de Maio de 1956. Onde foi Pierre Plantard desencantar as ideias para o Priorado pós-1960? Estas ideias não eram novas, e têm origem numa série de movimentos de renovação espiritual cristã que surgiram no final do século XIX em França. Mais concretamente, falamos do Hiéron du Val d'Or, criado em Paray-le-Monial. Adicionalmente, o Priorado retirou ideias de outros movimentos, como o da revista "Atlantis", fundada pelo esoterista Paul Lecour. Mas o elemento mais importante está no reaproveitamento que Plantard faz, a partir dos anos 60, e juntamente com Chérisey e o jornalista Gérard de Sède, do enigma de Rennes-le-Château. Que quis Pierre Plantard com este Priorado? Ele tentou propagar em França os ideais de restauração de uma monarquia tradicionalista, apresentando-se como herdeiro merovíngio à coroa francesa. Pierre Plantard defendia que o Priorado existia desde o século XI e que tinha protegido desde então uma linhagem dinástica proveniente da primeira dinastia francesa, a dinastia dos Merovíngios. Assim, o Priorado pretendia conseguir legitimar uma monarquia em França baseando-a num representante altamente simbólico porque merovíngio. Esse representante seria, claro, o próprio senhor Plantard, que a dada altura passou a intitular-se "Pierre Plantard de Saint-Clair", tendo-se sempre outorgado uma linhagem aristocrática incólume. As suas ambições são legítimas? Tudo indica que não. Não só não se conhece um representante da dinastia merovíngia em França, como a maioria dos franceses não está inclinada na direcção de nenhuma monarquia, Orleães ou Saint-Clair que seja! O Priorado de Sião tem como criador Pierre Plantard. Plantard forjou uma tabela fraudulenta de Grão-Mestres (listados desde o século XII), que inseriu nos Dossiers Secrets atribuídos a um pseudo-Lobineau, depositados na Biblioteca Nacional, em Paris, a 27 de Abril de 1967. Essa lista de grão-mestres foi montada com base em material proveniente de propaganda AMORC (pseudo-rosacruz) do século XIX, sendo que a versão da Biblioteca Nacional apenas traz de novo o nome de Jean Cocteau, que foi adicionado por sugestão de Phillipe de Chérisey, amigo de longa data e colaborador de Plantard, que tinha uma apetência especial pelos surrealistas, dos quais Jean Cocteau era uma figura de proa. Porque recorreram eles ao enigma de Rennes-le-Château? Rennes-le-Château era a opção óbvia nos anos sessenta. Plantard e Chérisey, juntamente com o sócio de ambos, Gérard de Sède, fizeram uma primeira tentativa usando o mistério de Gisors, um pequena lenda de tesouros, tentando transformá-la no epicentro do drama da dinastia merovíngia. A tentativa teve pouco sucesso. Recordemos que durante os anos cinquenta e sessenta, Rennes-le-Château, graças às iniciativas propagandísticas de Noël Corbu, crescera em turismo e em visitantes, que procuravam a todo o custo o tesouro escondido pelo "padre dos milhões". Plantard e os seus amigos ouviram falar desta fabulosa história de tesouros, e quando inventaram os famosos pergaminhos com os quais pretendiam legitimar o Priorado de Sião, colocaram o padre Saunière como o "achador" destes pergaminhos durante as obras de restauro que este empreendeu em Rennes no final do século XIX. Que problema teve Plantard com a Justiça Francesa em 1993? O problema nasceu uns anos antes, em 1989, ano em que Plantard divulga uma "circular" do Priorado de Sião, na qual ele dava conta da resignação de Roger-Patrice Pelat do cargo de Grão-Mestre do Priorado. Em 1989, o caso passou despercebido, apenas agitando os diminutos meios esotéricos franceses. Contudo, em 1993, com a eclosão do escândalo financeiro envolvendo Roger-Patrice Pelat, o seu nome saltou para a actualidade política e judicial francesa. O então primeiro-ministro francês Pierre Bérégovoy recebera, em 1986, um empréstimo de um milhão de francos livre de juros de Roger-Patrice Pelat para a compra de um apartamento em Paris. A 1 de Maio de 1993, Bérégovoy foi encontrado morto num canal em Nevers, aparentemente tendo cometido suicídio. A Justiça Francesa, pela mão do juíz Thierry Jean-Pierre, conduziu um processo investigativo em torno deste escândalo. No desenrolar do processo, o juiz Jean-Pierre deparou-se acidentalmente com a "circular" de Pierre Plantard de 1989, que mencionava o seu arguido como tendo sido Grão-Mestre de uma organização intitulada Priorado de Sião. Evidentemente que Plantard mentia, e o juiz Jean-Pierre terá ficado estupefacto ao deparar-se com semelhante afirmação, que aparentemente envolvia o polémico arguido Pelat. Em Setembro desse ano, o juiz ordena a detenção e interrogatório de Pierre Plantard: após algumas horas, este confessa à Justiça ter inventado tudo acerca do Priorado de Sião. Uma busca à casa de Plantard revelou um imenso arquivo de documentação forjada durante uma vida inteira. Plantard foi considerado pelo Tribunal como um "mitómano inofensivo". O caso correu a imprensa francesa. Plantard recebeu uma ordem do Tribunal para parar imediatamente com a mitomania e com a propagação da sua farsa. Gravemente abalado com todo este processo, Plantard retirou-se pouco depois para o anonimato, tendo vivido practicamente incógnito, entre Barcelona, Perpignan e Paris, até à sua morte em Fevereiro de 2000. Quem faz parte do Priorado? Convém lembrar que, desde a morte de Plantard em 2000, o Priorado original cessou de existir (porque dependia directamente do fundador Plantard). Os novos "Priorados" de hoje recolhem os lucros do trabalho activo de desinformação de Pierre Plantard. Sempre existiram rumores, certamente infundados, de que o Priorado contou nas suas fileiras com personalidades como Roland Dumas (ex-presidente do Tribunal Constitucional francês), François Miterrand (que de facto chegou a fazer uma visita oficial a um lugarejo inóspito no sul de França, chamado Rennes-le-Château), e até Jacques Chirac. A verdade sobre os membros do Priorado e o mito sobre a sua influência na sociedade, tanto do Priorado original como das suas novas versões, deverá, contudo, ser bastante diferente e mais decepcionante. Quais são as actividades correntes do Priorado de Sião? Após a morte de Plantard em 2000, surgiram vários movimentos que se intitulam Prieuré de Sion, ou Priory of Sion. Em França, o actual grão-mestre é desconhecido. Fala-se em Thomas Plantard, filho de Pierre Plantard, mas esta tese não é credível. Uma das figuras mais visíveis, que se intitula "secretário" do Priorado actual, chama-se Gino Sandri e é membro de uma associação sindical francesa. São três os países de acção destes novos "Priorados": a França (onde nasceu a ideia com Plantard), a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América. Como qualquer outro grupo que ambiciona poder e notoriedade, estes "Priorados" tentam recolher para as suas fileiras personagens com influência política ou económica na sociedade que apresentem uma forte vontade de se associarem para melhor beneficiarem de trocas de favores e protecção. Mas o sucesso destes Priorados em tornarem-se grupos de pressão com significância é muito reduzido, como se constata pelos seus próprios resultados: estes movimentos conseguiram sobretudo ser os detentores da propriedade intelectual de uma excessivamente popular farsa histórica. Concluindo, o poder efectivo do que se costuma chamar Priorado de Sião é temido e respeitado por hordas de leitores impressionáveis, que nem supõem que estão a falar de movimentos distintos e em oposição entre eles, cada qual lutando pela "autenticidade" de ser o "verdadeiro" Priorado de Sião. A mensagem deturpada de Rennes, essa, não parar de crescer: hoje em dia existem centenas de livros, filmes, documentários e mesmo jogos de computador baseados na versão adulterada pelo Priorado da história de Rennes e do seu padre Saunière. A face mais visível desta propagação da farsa está materializada no livro O Código da Vinci, da autoria de Dan Brown. Quem é este Gino Sandri, suposto actual "secretário" do Priorado de Sião pós-Plantard? O seu nome e fotografia constam da página de contactos do site do SNFOCOS, SYNDICAT NATIONAL FORCE OUVRIERE DES CADRES DES ORGANISMES SOCIAUX, uma união sindical fundada em 1938 com sede social em Paris. A função de Gino Sandri nesta união sindical está indicada no site: "Secrétaire National chargé des Caisses nationales". Nos seus tempos livres, Sandri brinca ao pseudo-esoterismo, dando entrevistas em sites sobre Rennes-le-Château e outros temas relacionados, apresentando-se como "secretário" do Priorado de Sião. Primeira página da carta de pedido deconstituição do Priorado de Sião (1956) Segunda página Os capítulos que se seguem apresentam provas conclusivas, argumentos de peso, e novas pistas que permitem uma melhor compreensão deste fenómeno social que foi o Priorado de Sião. Aqui pretende-se colocar um ponto final em várias décadas de mentira, confusão e desinformação. Até o leitor mais crédulo na ideologia do Priorado vacilará depois de confrontado com o material que se segue. Já pouco falta, para além desta informação, para que se compreenda tudo o que há a compreender sobre esta gigantesca farsa. Isso deve-se ao esforço continuado de muitos investigadores. Queríamos endereçar aqui uma palavra de agradecimento ao investigador inglês Paul Smith que, com a sua atenção extraordinária e zelo científico inabalável, nos ajudou decisivamente pela partilha desinteressada das suas provas, documentos e resultados.
FOTOS
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O Priorado de Sião era encabeçado por um Nautonnier, palavra francesa equivalente a Grão-Mestre na língua portuguesa. Outro fato polêmico referente ao Priorado de Sião era a sua liderança, que segundo Plantard seria conferida a grandes nomes da ciência e da cultura mundial. A lista mais provável dos líderes do Priorado de Sião, publicada por Plantard no documento Dossiers Secrets d'Henri Lobineau em 1967, é a seguinte:
1 - Jean de Gisors (1188–1220)
2 - Marie de Saint-Clair (1220–1266)
3 - Guillaume de Gisors (1266–1307)
4 - Edouard de Bar (1307–1336)
5 - Jeanne de Bar (1336–1351)
6 - Jean de Saint-Clair (1351–1366)
7 - Blanche d'Evreux (1366–1398)
8 - Nicolas Flamel (1398–1418)
9 - Renato d'Anjou (1418–1480)
10 - Iolande de Bar(1480–1483)
11 - Sandro Botticelli (1483–1510)
12 - Leonardo da Vinci (1510–1519)
13 - Charles III, Duque de Bourbon (1519–1527)
14 - Ferdinando Gonzaga (1527–1575)
15 - Louis de Nevers (1575–1595)
16 - Robert Fludd (1595–1637)
17 - Johann Valentin Andrea (1637–1654)
18 - Robert Boyle (1654–1691)
19 - Sir Isaac Newton (1691–1727)
20 - Charles Radclyffe (1727–1746)
21 - Príncipe Charles de Lorraine (1746–1780)
22 - Arqueduque Maximilian Franz de Aústria (1780–1801)
23 - Charles Nodier (1801–1844)
24 - Victor Hugo (1844–1885)
25 - Claude Debussy (1885–1918)
26 - Jean Cocteau (1918–1963)
Um documento posterior chamado Le Cercle d'Ulysse identifica François Ducaud-Bourget, um padre católico tradicionalista que Plantard havia decrito como o Grão-Mestre após a morte de Cocteau. Plantard é postriormente identificado como o próximo Grão-Mestre.
Quando os supostos segredos da sociedade foram tidos como uma conspiração por pesquisadores franceses, Plantard manteve o silêncio. Durante a sua tentativa de recriar o Priorado de Sião em 1989, Plantard procurou distanciar-se da primeira lista de Grãos-Mestres e publicou uma segunda suposta lista de Mestres:
Quando os supostos segredos da sociedade foram tidos como uma conspiração por pesquisadores franceses, Plantard manteve o silêncio. Durante a sua tentativa de recriar o Priorado de Sião em 1989, Plantard procurou distanciar-se da primeira lista de Grãos-Mestres e publicou uma segunda suposta lista de Mestres:
Jean-Tim Negri d'Albes (1681–1703)
François d'Hautpoul [/list](1703–1726)
André Hercule de Fleury (1726–1766)
Príncipe Charles de Lorraine (1766–1780)
Arqueduque Maximilian Franz de Aústria (1780–1801)
Charles Nodier (1801–1844)
Victor Hugo (1844–1885)
Claude Debussy (1885–1918)
Jean Cocteau (1918–1963)
François Balphangon (1963–1969)
John Drick (1969–1981)
Pierre Plantard (1981)
Philippe de Chérisey (1984–1985)
Roger-Patrice Pelat (1985–1989)
Pierre Plantard (1989)
Thomas Plantard de Saint-Clair (1989)
François d'Hautpoul [/list](1703–1726)
André Hercule de Fleury (1726–1766)
Príncipe Charles de Lorraine (1766–1780)
Arqueduque Maximilian Franz de Aústria (1780–1801)
Charles Nodier (1801–1844)
Victor Hugo (1844–1885)
Claude Debussy (1885–1918)
Jean Cocteau (1918–1963)
François Balphangon (1963–1969)
John Drick (1969–1981)
Pierre Plantard (1981)
Philippe de Chérisey (1984–1985)
Roger-Patrice Pelat (1985–1989)
Pierre Plantard (1989)
Thomas Plantard de Saint-Clair (1989)
Em 1993, Plantard reconheceu que ambas as listas eram fraudulentas quando foi investigado por um juiz durante o Caso Pelat.
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