Bem antes já fora de um livro,
agora, em meu pensamento, vaga um homem
a puxa o seu camelo pelo deserto do mundo.
Aquele som de violino incansável que nunca toquei,
perseguirá calmamente uma luz sem nome.
Tantas coisas divididas: “Este sapato é de Rosa, este vestido
é de flor e estas asas, pra voar”...
Este chão sob meus pés que se revelam descalços
e esta força que a vida faz pra nos manter no caminho,
até nos reduzir de vez...
Deus, por mais que eu compreenda
que a dor é uma coisa do homem
Porque é dotado de um coração abafado no peito,
Só eu sinto a minha dor... até minha própria alegria.
Existirá solidão maior?
Oh, esta tarde é tão exata sobre mim.
E juntas, estamos sós.
Marta Eugênia
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