Quero as
palavras
de tal
modo entrelaçadas,
que um
poema perceba-se nelas.
Quero-as
desinibidas de seus nimbos.
Abrangentes
e creditadas em seus espectros. . .
Mesmo encaixadas
sobre o chão do papel,
Mesmo que
uma após a outra,
como às
vezes as forcingas
ou os
humanos na fila do pão.
Quero-as
poliglotas,
até o
último sentido.
Acusando
os sintagmas
e ampliando
a semântica.
Abrigadas
em livros de capa dura,
arremedando-se
para o mundo
e modificando
os escuros
como prometem
os vagalumes.
Marta Eugênia,
em 24 de outubro de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário