UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL
CURSO DE LETRAS PORTUGUÊS
Por Aldemir Francelino da Silva
Análise solicitada pela professora Madalena da disciplina de Literatura Brasileira como requisito parcial de avaliação.
Gerida pela casa grande, consequentemente pela família patriarcal, a monocultura da cana-de-açúcar começou a se expandir por meio do trabalho escravo do índio e com isso, projetando um modelo de sociedade escravocrata no Brasil colonial. Intencionando defender-se das imposições sociais e econômicas da superpotência europeia – a Holanda.
Por um lado, a família patriarcal viu no nativo uma força de trabalho significativa para o cultivo da lavoura canavieira, por outro, os jesuítas viram um terreno fértil para a propagação das doutrinas religiosas capazes de conquistar a independência da igreja na colônia e formar uma sociedade capaz de coexistir sem a interferência da casa grande, a partir daí casa grande e jesuítas estabeleceram objetivos diferentes para o indígena que não possuíam interesses educacionais nem religiosos e não estavam aptos a desenvolver atividades agrícolas especializadas.
Percebendo isso, a casa grande optou por importar a mão de obra negra e especializada na lavoura, a partir daí a população aumentou com um grande contingente de negros e mulatos, o que os jesuítas não os aceitaram em suas escolas, obrigando a coroa portuguesa interferir.
Não conseguindo impor a cultura europeia ao índio, a casa grande e os jesuítas não se preocuparam com a educação dos escravos, logo contribuíram significativamente para a miscigenação cultural do Brasil até os dias atuais.
Para tanto, os jesuítas tencionaram educar o índio por meio de dois aspectos que julgaram importantes para a consolidação de uma sociedade independente por meio do saber – o Magistério e por meio da liberdade espiritual – a catequese.
A tentativa fracassou em seus dois aspectos uma vez que, com suas crenças religiosas bem consolidadas, o índio ignorou a tentativa dos jesuítas em catequizá-los e no que concerne ao ensino, os nativos não se interessavam, pois possuíam sua cultura enraizada em suas práticas de leitura de mundo que supria perfeitamente suas necessidades tribais.
Diante do supradito, fica clara a superficialidade das primeiras nuanças literárias feitas para o Brasil, contudo, não há dúvida de que são de suma importância para a literatura brasileira além da importância documental para a história da nação.
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