bato com o pano na poeira dos moveis,
anuncio ao velho cão de guarda com carinho,
a boa e remota saudade de meus cacos,
todos fardados em caixas de sapatos distantes...
Nas fotografias, mesmo descoloridas, os olhos
daquela infância
continuamos em mira longínqua
e desvendamos a alegria de um caco de vidro
com ares de diamante.
É tão fácil garimpar nos quitais
quando encontramos crianças...
Meu nome reboa da tela da rua
e me devolve à quarta-feira sem escândalos,
sem poeiras e com pequenos ferrolhos.
Marta Eugênia
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