Conseguindo quatro anos mais e o tempo equinócio tocará sua trombeta,
terei que uivar em loba na noite de lua cheia
Que diferença fará março ou setembro?
Será quarenta!
Assim gritam meus olhos equânimes
pros meus pés de “Bumda-Meu-Boi’’
O que as rugas me dirão?
Não as do rosto, os cremes de hoje superam aos de antigamente.
Mas estas que se desenham agora dentro do meu quatro
onde bebo vida e morte imaginárias,
teóricas e de praticas subseqüentes.
A ruga é um abridor de latas.
Os cremes ainda procuram Dorian Gray
mais cedo ou mais tarde não o encontrarão
Que palavras me darão a sensação de ter em binóculos
os meus quarenta e quatro?
Para que eu trace desde já minha oração,
para que meu coração aprenda a dizer amém
com as palavras no monjolo.’
Marta Eugênia
Nenhum comentário:
Postar um comentário