Acho bárbara essa capacidade que se tem
De se poder desligar dos barulhos do mundo
E ficar fora do ar por um tempo,
Ainda que por uns instantes.
E criar um barulho único, individual: seu.
Dentro de você...
Barulho que ao invés de te inquietar, acalma...
Ao invés de te prejudicar, ajuda...
Ao invés de confundir, responde...
Porque aí, ao invés de se questionar,
Você simplesmente se deixa levar pela constância do barulho...
Mas este barulho é diferente,
Justamente por ser um barulho criado por você:
É um barulho seleto, distinto,
Porque você está escutando tão somente o que quer escutar.
E que se cale o mundo: que ele se exploda!
Você quer mesmo é que o barulho lhe tome, por completo,
E que você seja possuído por ele,
De tal sorte que a posse gere um transe,
Um transe irreversível,
Que nenhum paranormal ou sobrenatural
Seja capaz de quebrar...
Um transe que, de tais proporções
Lhe leve a cantar loucuras
E dançar como tal...
Ter estertores de prazer e de gozo...
Ser levado à sua inconsequência,
Um transe que só terá quebra
A partir de você mesmo, que está sob seu efeito:
Basta apenas que você tire
O FONE de seu ouvido! Francis Batista, 26/06/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário